O que seria a educação como reverso da realidade? Qual tipo de linguagem falaria a criança que não tem um quarto pra dormir, uma revista pra estampar alegria nos olhos,
Para balbuciar exclamações do universo ainda pequeno?
Fico imaginando a pequena criatura reluzindo de contentamento com os jogos acabados de chegar ao mercado e que agora, em suas pequenas mãos perdem a intimidade que valeu inúmeros anos de pesquisas!
Fico querendo ver a exaltação da juventude em desvendar os mistérios escondidos no homem que ainda responde não à harmonia da lei universal.
Por enquanto me contento diante da manifestação colorida dos caras-pintadas, nariz de palhaço, mostrando que apesar de todas as contravenções e ataques às leis humanas, ainda há motivo para crer na mudança.
Fico refletindo diante da exposição de meninos e meninas que ganharam as ruas, centrando na praça, dizendo que continuam crescendo, vencendo as barreiras porque a lei do progresso não depende da vontade política.
Eu cismando diante da iniciativa que marcou o aniversário da Cidade onde aprendi a andar e quase não a reconheço hoje.
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