Matu(r)idade


Costumo dizer brincando que envelhecer dói e que preciso aprender a amar os velhinhos. O sorriso não tira a veracidade. Não precisamos andar muito a procura de exemplos para perceber a falta de amor a quase todos nós, no convívio social.

Vemos o que a cultura da moda dita: ser gordo, ser idoso e usar óculos, dentre outros, é ser constrangido a se policiar e pedir licença quase o tempo todo para participar do código de convivência no cotidiano.

Foi como camaleão que nos pintamos e absorvemos palavras de ordem para fazer a leitura imposta. Nos psicoadaptamos em ver nos quilinhos a mais( a expressão já deixa você por baixo) e nas marcas de expressão(substituindo as rugas, as marcas do tempo) como algo indesejável e que nos causa horror!

E tudo faz parte de um processo natural, no caso, a flacidez da pele e outras conseqüências que o tempo carrega; e a praga da dieta forçada, posta de goela abaixo, que nos faz sentir culpados e experimentar o crime de comer escondido!

E escondido fazemos outras coisitas mais que não agridem o corpo, mas a mente. Mentir, por exemplo, no ledo engano de que não seremos descobertos. Ou de prometer, sabendo lá no fundo, antecipadamente, que só queremos adiar a ação. E aqui, lembro de outra aculturação de que não devemos confiar no político, na política. Mas, aí é outra estória ou história.

Para ter discernimento, a alternativa é se fortalecer de informações, e iniciar uma nova cultura de saber o que deseja pra si, por exemplo. Um bom começo é a leitura de Mulher madura do escritor mineiro Afonso Romano Sant'Anna.

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