Pela dieta


Fala-se tanto em dieta, regime e corpo escultural e eu fico me perguntando o por quê de tanta nóia? Conversando com o cérebro e o estômago, percebi que a comida, ou melhor, a comilança está no cardápio da nossa vida.

Qualquer aborrecimento, o estômago responde: flatulência, empachamento, dentre outros. A vida tem sido o grande estômago. Na hora da promoção olhamos para o nosso umbigo. E, na maioria das vezes nos prendemos nele e deixamos o tempo passar.

Depois de uma extenuada vida noturna que saía pra beber e comer, só vou de pizza agora. O estômago está sempre falando mais alto! A maior conta do mês vai para o supermercado. A grana extra é para os finais-de-semana, que incluem um bom prato de macarrão ou um almoço mais arrumadinho pra família aos domingos.

Os restaurantes fazem a festa: quinta do caranguejo, sábado da feijoada, e do churrasco; domingo de pratos variados; promoções de sushi, de fondue e lá vamos na onda da colher, mergulhando nos caldeirões.

Comer é pra todos, mas a democracia não é praticada no prato. Enquanto um grupo seleto senta-se a mesa, delicia-se com as guloseimas em ambiente de ar-refrigerado, logo ali na esquina, a poucos metros, alguém revira a lata do lixo em busca de alimento.

A comida também está presente na cantilena das campanhas eleitorais e muitos programas alimentam o que se chama de social: temos o Bolsa-Família, que veio para combater a fome. Que regime!

Precisamos ajustar a pirâmide comestível: na base, educação e emprego; acompanhada de preços baixos, mais cor nos pratos com menos agrotóxicos, liberdade nas ruas, portas e janelas aberta pra casa respirar. Isso seria o começo.

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