O 7 que Se(tembro) pinta
Hoje, acordei 7 de Setembro. Temos aniversário com festas e bandeiras carregadas de números. Não é a bandeira que aprendi com dificuldade a traçar no meu caderninho, lá nos idos da infância. Lembro, que a mando da professora, ensaiava a arte e sempre quebrava a ponta dos lápis na tentativa de dar cor aos meus maus traçados riscos.
Interessante, que naquela época, a pátria pra mim era apenas um tema incesssante e repetitivo. As escolas assim procedem: acompanham as datas infinitamente.... Fui boa aluna de História. Decorava datas com facilidade. Não abstraía e, muito menos, percebia-me cidadã brasileira.
Cresci alienada e sonhadora porque nos idos anos 60 o país sediava momentos angustiosos, que passaram por mim, quase ou totalmente despercebidos. Não sei se foi melhor assim!
Depois, na escola superior, vi-me fora do nicho político. E quem perguntava porque evitava os grupos eu nem lembro o que dizia. Não vivi a experiência da efervescência da época. Fui coadjuvante do filme que dá respaldo a muitos outros irmãos na brasilinidade.
Continuo crescendo e acompanhando de perto com sustos, desvarios, e até lágrimas, o produto do que somos.
Olho pro céu de anil, vejo o brilho do sol que a tudo permite viver, inspiro o ar da minha casa maior e agradeço por me entender igual ao passarinho incansável, que tenta apagar o incêndio. Nesse momento, pincelo mentalmente as cores do país emprestadas pela natureza.
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