Aprendendo com a TV


Nem sempre nos damos conta da programação boa da TV, porque pra nós é mais fácil criticar e jogar tudo dentro de um saco, sentenciando: é tudo a mesma porcaria.

Confesso, que já cheguei a pensar em escrever algo assim. Mas, como sei que a generalização é redundante demais para quem quer definir algo ou alguém, não irei aqui cometer o pecado irresponsável de achincalhar integralmente a nossa TV. Ah, isso não!

Estou assim, como a criança, vivendo a fase das descobertas. Eu decidi pela percepção dos detalhes, que antes fechava os olhos. Não vou fazer aqui defesa da TV A ou B, mas, como o espaço é meu e a Web me permite, vou comentar a respeito da mais nova emissora de TV do Ceará: A TV Assembléia.

Ih.... vão dizer que eu trabalho aqui e que estou puxando brasa para minha sardinha. A intenção, confesso, não é esta. O cearense está tendo uma oportunidade de conhecer a fundo o que acontece no Legislativo sem os retoques de assessorias.

As câmaras da TV Assembléia desnudam o palco das principais decisões do destino do Estado. E os parlamentares, por sua vez, não é que não se preocupem com a imagem, apenas mostram como realmente reagem diante da responsabilidade de representar os seus bem intencionados eleitores.

Mas, que programa chato! Como eles gritam e se agridem. Ah, isso tem mesmo. É o debate de idéias. Não perca tempo, ligue no Canal 30. A TV engatinha na produção, mas os legisladores não. Estão lá todos os dias denunciando, reclamando, agredindo e tudo sem cortes! Gente, isso é que realismo e fidelidade ao factual.

E onde mais eu saberia que já é lei, e por isso, deve ser obedecida, a parturiente ter ao lado o marido, na hora da chegada do filho desejado, nos hospitais do Sistema Único de Saúde? E fecha questão afirmando que “pai não é visita”.

Sobre a lei ,que permite ao deficiente visual e ao cão que o guia, permanecerem em veículos, estabelecimentos públicos e privados?

Que a rede Globo faz campanha em nome dos esquecidos, a chamada contra a pobreza, que explicitamente esclarece não querer o nosso dinheiro, mas a nossa voz, a nossa participação?

A TV Assembléia está, paulatinamente, decretando o fim do analfabetismo político.

A propósito: não estou na TV, o meu xodó é rádio.

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