Retrospéctiva
Daqui a pouco estaremos em 2007. Mas, não sinto a vibração que costuma me acompanhar nesse período. Sei que a mídia já deve estar preparando a retrospéctiva do ano, com os fatos mais marcantes e,quando penso nisso, lembro que as tragédias do ano estarão novamente no ar.
De minha parte, vou começar a fazer a minha retrospéctiva. Refazer gavetas no armário dos dias que passaram. E nesse exercício, me desfazer das peças que não uso e por razões ainda não analisadas ainda estão comigo.
São aqueles sentimentos que travam a alegria e, muitas vezes, tingem de cinza matizes da felicidade amiga. São os fatos alheios à nossa vontade. Como a foto ao lado sugere, crianças ao abandono, num caminho conhecido da miséria.
Quando olho para o rostinho de uma criança carente e flagro um sorriso expressivo, percebo que ela não se deu conta ainda da miséria que a persegue.
Ano novo é vida nova, sim! É com altruísmo que vou rebuscar na memória os valores do pensamento que deve ser destinado ao outro.
Sei que nada de espetacular protagonizei, mas neste ano, mais uma vez, experimentei o prazer do trabalho voluntário. Estou ainda engatinhando com relação a isso. Sigo o pensamento de um amigo que diz "se não pode fazer o edifício, não negue o tijolo".
Mas, de uma coisa me sinto liberta: não vou consultar oráculos, muito menos astrólogos para saber o que de bom virá. Sei que esse caminho seguirei pegadas muito melhor definidas.
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