Educa (duca)

O que seria a educação como reverso da realidade? Qual tipo de linguagem falaria a criança que não tem um quarto pra dormir, uma revista pra estampar alegria nos olhos,
Para balbuciar exclamações do universo ainda pequeno?

Fico imaginando a pequena criatura reluzindo de contentamento com os jogos acabados de chegar ao mercado e que agora, em suas pequenas mãos perdem a intimidade que valeu inúmeros anos de pesquisas!

Fico querendo ver a exaltação da juventude em desvendar os mistérios escondidos no homem que ainda responde não à harmonia da lei universal.

Por enquanto me contento diante da manifestação colorida dos caras-pintadas, nariz de palhaço, mostrando que apesar de todas as contravenções e ataques às leis humanas, ainda há motivo para crer na mudança.

Fico refletindo diante da exposição de meninos e meninas que ganharam as ruas, centrando na praça, dizendo que continuam crescendo, vencendo as barreiras porque a lei do progresso não depende da vontade política.

Eu cismando diante da iniciativa que marcou o aniversário da Cidade onde aprendi a andar e quase não a reconheço hoje.

ArMA

Manchete de o Povo de hoje constata a violência com armas recicladas. O homem, sempre em fúria consigo, volta a utilizar as pedras bem a moda das cavernas. Lembro-me da campanha que mobilizou o país contra o desarmamento, pela vida.

Pedras são usadas para abater motoristas nas principais ruas da Cidade. Medo, prejuízo de vida. Ganhos, comércio de vidros. E o homem civilizado se perde.

Ganhou o medo. Venceram os argumentos de que uma vez armado, estou fora de perigo.

Não quero ocupar este espaço para fazer alegorias as disposições feitas e as razões de alguns ou da maioria para fazer prevalecer o livre comércio das armas de fogo. Isso, porque o homem continua armado: ainda está em nós o desejo, a força nem sempre contida de soltar o mal. O alvo é apenas o alvo.

(Re)Numerando

Tenho 51 e poderia ser uma boa idéia. Somos dados aos números. Contamos até dez para nos acalmar.

A tolerância para ouvir algo interessante é de até três minutos.
O número 7 tem seus mistérios e seguidores.

Dez são os mandamentos que quase ninguém observa.

Três é o limite de chances que oferecemos para alguém que nos tenta ludibriar, enganar, trair... quanta tolerância!

Quarenta e cinco é o número limite de passageiros sentados num ônibus. Trinta e sete é o máximo para os que se arriscam em pé. E quando isso foi observado, mesmo?

Cinco é o número aceito de refeições diárias.
Cem por cento seria o de alfabetizados no nosso lindo Brasil.

Noventa por cento é fator de acertos em cirurgias arriscadas?

Doze por oito é a minha marca de pressão, a propósito do dia que comemora(?) a prevenção à hipertensão.

Onze de setembro é o dia do terror nos Estados Unidos.

2006 ano de virada: copa mundial e eleições gerais. Cinco serão os votos: presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...