Sex Symbol

Realmente, a Terra respira sexo! E como não poderia deixar de ser? O nosso nível de compreensão ainda é fortuito com relação à beleza da energia procriadora. Desperdiçamos tempo, espaço e oportunidades para crescer em outros sentidos latentes, ainda, por falta de estímulo.

A chamativa é para tentar entender o por quê do apelo com relação a um dos maiores compositores do país. Estou falando de Chico Buarque, a quem agora, alguns setores da mídia querem pechar com o "privilégio"? É flagrante na cultura sexualmente pura.

É óbvio que não vamos esquecer os sonhos possivelmente eróticos de muitas de nós mulheres dirigidas aos poetas. E Chico não sai da mira. Mas, como ter apenas sonhos libidinosos para o homem que criou versos fantásticos, que nos mostraram a realidade sutil de um momento extremamente difícil que vivemos?

Tornar Chico Buarque sex symbol, com licença, é falta de respeito para alguém que não precisa desse tipo de recurso para estar na mídia.

Se resta dúvida sobre o ser inteligente, é só acompanhar a trajetória de vida de um homem que pelas idéias, e não tem medo ou vergonha de declará-las, foi obrigado a deixar o seu país. Mas, isso não arrefeceu o seu caráter.

Entrevista recente, coletiva, coisa nova na vida de Chico, desmistifica marcas midiáticas e declara o seu voto à reeleição de Lula e o apoio ao Partido dos Trabalhadores. Na sua avaliação, os escândalos estão depurando o PT.

Durante a faxina, o faxineiro é o primeiro a se sujar. Mas, depois vale à pena o risco.

Parabéns Chico, o carioca que tem coragem de dizer que a sua terra natalse tornou periferia do país devido aos grandes e graves problemas.

Semeando

 
Estive pensando sobre a semeadura do caminho para quem acha que a vida não é mole. Dentro de mim, uma voz me chama atenção para o que vem sendo plantado. Qual a cultura que tenho regado com carinho e quais as sementes que deixei morrer no tempo...?

Eu costumava me cobrar ação em defesa dos direitos, mas lembrava quantos deveres viriam. E eu me deixei ficar quieta no gesto e inquieta, aos gritos, na mente.

Olho com pesar os vitimados das enchetes que se repetem não pelo volume das chuvas, mas pelo descaso, pelo deixa a coisa correr.

Miro com atenção cuidadosa crianças ocupando lugares antes proibidos quando a infância merecia mais cuidado.

Espanto-me diante do número elevado dos que respondem 'as omissões. Neles a psicoadaptação estimulada pela química.

E um certo sentimento de inutilidade ameaça me invadir. Poderia ter feito algo mais? Deveria ter gritado mais alto?

Todos os clamores e o elevado número de adolescentes vivendo 'a margem da vida, ignorando todas as regras sociais, porque é em si,e já nasceu ignorado. Vejo que o joio cresceu mais rápido e mais alto que o trigo. Posted by Picasa

imagem Jose de Abreu

MPB cadê você?

O que houve com a música popular brasileira? Relembro texto criativo de Rita Lee quando lançou a dúvida a respeito da nossa música. Com tantos compositores maravilhosos, o país seria, no mínimo, o paraíso musical. Mas, o que se ouve, hoje?

O apelo popular, digo melhor, a vulgarização, tomou espaço. Acredito que os compositores da onda poderiam ser melhor trabalhado. Por que tanto transbordar pelo trash music?

O que se vê hoje é a reinvenção. A festa dos 30, a festa dos 20 que são a comemoração dos sucessos do passado. Sem nostalgia, é preciso apaziguar o ouvido.

Não obstante, há alternativas para escolher o som preferido. Para os nostálgicos, o sabor da saudade permite voltar ao tempo.

Ouvir antigos sucessos nos transporta para fases superadas ou não da nossa vida. O cotidiano passado que deixou marcas. As cicatrizes melodiosas do nosso ser.

Leitura e liberdade

 

Tenho falado muito sobre educação. Não tenho formação acadêmica na área, mas sou educadora porque tenho filhos. Deve ser esta a razão pela qual me debruço sobre o tema. Tenho acompanhado muito de perto as primeiras lidas do meu neto. E vejo a satisfação no olhar, a avidez de conhecer mais palavras. Ele sabe que já desvendou o mistério gráfico.

Volto no tempo e sinto outra vez o momento mágico da primeira leitura. Foi uma das maiores sensações de liberdade, por que não dizer, a mais plena sentida? Eu já tinha a quem recorrer. Escrevia em qualquer papel. A exigência era expressar o meu sentimento vivido.

Os cadernos e os livros sempre foram meus companheiros favoritos. E como não poderia deixar de ser, ganho a vida escrevendo. Faço das letras o meu material de arte. Enquanto me alegro pela oportunidade, sei dos discursos que se perdem porque há muitos ainda que não aprenderam a decifrar a grafia.

Lamentável não conviver ainda com a naturalidade do estudo ao alcance de todos. A razão de todos os males é a ausência da educação. Quem poderia dizer quantos são os educadores do país?

Muitos são os professores, que não são mestres ainda, pela falta de oportunidade. Posted by Picasa

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...