Vamos rever

Eu lamento ter tido preguiça, falta de oportunidade, (liseira mesmo) de não ter lido e relido mais livros. É um vazio que cresce com a maturidade.
Lamento mais ainda saber que muitos outros, por que não dizer a grande maioria, não tem acesso a livros.

Bem diferente é o que se percebe, sem surpresa, da farta distribuição de literatura inútil. Como se investe dinheiro em material descartável. E sempre está surgindo mais um.

Aqui não é papo careta não! e muito menos falso pudor. Longe de mim! Estou falando de desperdício. Pra quem costuma frequentar bancas de revistas sabe. É imensa a quantidade de papel desperdiçado.

Atacamos o meio ambiente, depredamos o Planeta e praticamos a poluição da ignorância.
Pensando nisso, estava navegando na Internet, quando um anúncio de uma nova revista chamou-me atenção.

Apesar do editor insistir que a publicação é de serviços, prestar serviços o papel que compete aos meios de comunicação, sem surpresa vi o repeteco: sexo, nutrição, saúde. Nas entrelinhas: sexo mais sexo; nutrição para animar a libido; e saúde,corpo sarado.

Fico matutando quanto lucro o país teria se ao invés de revistas desse estilo, o investimento fosse para livros de conhecimento?? Tentei conversar com o editor num bate-papo via Net, mas cheguei tarde. Tive curiosidade, muita! Aliás, foi a primeira vez que tentei algo assim.

As duas perguntas ficaram sem resposta do editor. Quis saber por que uma publicação voltada para o público masculino, com exclusividade e se o sexo seria tema central?
Ato contínuo, fui visitar o site. Lá estavam as respostas, confirmando o que eu já previra.

Não lançarei aqui campanhas em prol do livro, porque sabemos que a questão é muito mais profunda. E também sabemos que as campanhas morrem no caminho. O que falta é tratar a questão com a maturidade da vontade política. (Isso é um chavão).

Pois vamos chavonar: eu quero ouvir sempre promessas de mudanças. Eu quero ver os números constatando todas as crianças na escola e fora da rua. Eu vou de novo votar, acreditando que posso contribuir para arrancar as aspas das palavras esquecidas.

Alagamentos

 

Por que pobre mora em lugar que alaga? pobre gosta de alagado? O questionamento, ouvido há pouco me fez perceber o quanto somos indiferentes 'as situações de risco.

A Cidade foi tomada pela água da chuva, a benção do cearense! A chuva não causa estragos, a origem é o descaso de muitos anos. Não é só administração recente. São dramas que perseguem os que permanecem trabalhando muito e ganhando pouco.

O pobre não gosta de alagados. Ele ama a chuva, a natureza. Ele quer casa limpa, jardim, filhos brincando e indo à escola. O que o prende nas áreas de risco, nós bem sabemos. Falta oportunidades para mudar.

Quem pode com um salário mínimo, estou falando dos que recebem parte dessa quantia no final do mês, custear boa moradia? O progresso (leia-se crescimento desordenado da Cidade) empurrou o assalariado, o sub-empregado, o aposentado, o pensionista e o desempregado para margens dos rios.

Lá ficaram, à margem porque não podem concorrer com os arranha-céus de luxo que se transformaram nos ícones de uma Cidade que abrigava a todos com o seu calor ventilado.

O cearense tem que ser antes de tudo um forte para permanecer na sua Terra. Lamentável. Posted by Picasa

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...