Elevar


Hoje é dia de fazer prece. Elevar o pensamento para o Alto e pedir discernimento, sem antes agradecer pelos acertos e erros cometidos.

Hoje é véspera do dia seguinte, quando deverei usar de forma correta, o direito que a mulher conquistou há 50 anos, de também participar não do jogo político, mas das decisões sobre a sua vida, dos filhos, do país.

Já fiz a escolha, mas não direi resguardada na Constituição do voto secreto.
Saí da interrogação, pulei a exclamação e hoje estou reticências... Haja coração!

Que réu sou eu?

Acabo de ler no O Povo, que foi extinto o banco dos réus nas sessões do júri na Capital. Agora, os acusados devem ficar ao lado dos seus advogados durante o julgamento.

A justiça cearense põe fim aos resquícios da Idade Média, que segundo o diretor do Fórum Clovis Beviláqua, desembargador Fernando Ximenes, atentam contra a "dignidade da pessoa humana, violando a presunção de inocência do acusado e o pleno exercício do direito de defesa."

E em época de eleição, fique atento para o que ocorre no país, porque alguns réus quando sentam no banco para responder por ações atentatórias, levam a esperança dos que apostaram nele.

De acordo com o site o Congresso em foco, 186 congressistas - 163 deputados e 23 senadores - respondem ou continuam a responder processos judiciais. Ou seja, um terço dos 594 representantes eleitos para o Congresso.

Te contei?? Nós somos ó.....


Razões para votar e não votar em certos candidatos temos de sobra. Eu andei ouvindo algumas que precisam de análise. E nem pensei, vou contar mesmo.

Sabia que superstição é uma garantia de perda de votos? pois é. Acabei de ouvir que muitos cearenses não vão votar no Geraldo Alkmin por conta da onda.

Também ouvi falar que muita gente vai votar no Lula por conta do Bolsa Família.

Também me contaram que não acreditam nas fofocas escândalos de Brasília.

Outros disseram que vão continuar votando nos mesmos porque estão acostumados a eles. E em time que ganha, não se mexe.

O voto repetido, disseram alguns, é porque são números demais pra decorar. Ué, não mudaram os números?

Outros votam pela insegurança; pela falta de saúde; pela falta de educação; pela falta de discernimento; pela falta de alternativas.

E depois, falou uma vizinha, é tudo "farinha do mesmo saco". A propósito, o termo é tão antigo quanto à fofoca. Vem do latim: "ejusden farinae" (da mesma farinha). Segundo o escritor Mário Prata, Plauto (254-184 a.C.) já dizia (a tradução — livre — é do escritor), em sua comédia A Panelinha:

"E ao chegar já se
encontram
Ali, na própria praia
minha

Pessoas
como numa
montra
Tudo do mesmo saco, farinha".

É engano.


Procurava argumento para a escrita de hoje quando o telefone tocou:
- É do escritório de contabilidade?
- Não, respondi. É uma residência. Depois do pedido de desculpas, desliguei e comecei a teclar.
Tropeçar nos números ao digitar, é bem mais comum, do que quando dávamos voltas no disco dos antigos aparelhos.

Os números, convenção exitosa, estão aí sempre nos confundindo. É a tal invenção humana que os humanos não executam a contento.

São tantas histórias e estórias. Lembro algumas. Uma delas diz respeito ao momento atual. A técnica de convencer o eleitor, por exemplo, indicando a preferência de voto.

Até onde recordo, nunca fui entrevistada pelos institutos de pesquisas com relação a esse tema. E olha que sou eleitora já há um bom tempo e cometi muitos enganos. Ou melhor, foram eles que me enganaram antes, durante e depois.

Por isso, penso o tempo todo, idéia fixa, querendo ser quem telefona e fala ao número que não deseja, lançar um pedido de desculpas e digitar outra vez.

Parem a Terra que eu quero descer!


Quem achar que este mundo é maluco está perdendo a razão. Esta, com certeza, é a escola melhor indicada para os melhores alunos.

Somos ilógicos e para isso repetimos a disciplina da lógica.

Somos imorais, por isso voltamos a tentar entender a moral.

Somos gulosos, por isso evitamos a disciplina fome, que apesar de persistir, tentamos passar de ano sem ela. Mas, o crédito é obrigatório.

Somos famintos, mesmo assim queremos sair da sala de aula.

Somos sem educação, ah, aí "mora" um grande problema porque a grande Escola, subdividida, está abrigando pessoas sem ética.

E somos aéticos e vivemos criando fantasias de que vida boa é aquela que nos permite mudar de carro todos os anos; ter uma suíte master defronte ao mar poluído.

Somos molestados, apesar de tentarmos passar de ano sem apanhar, mas nesta Escola, a palmatória ainda é quem disciplina.

Somos atemporais, mas fugimos da convenção relógio do tempo, por falta de tempo para estudar.

Somos miméticos, dançamos de acordo com a música, porque todo mundo está dançando, repetindo os gestos.

Atrapalhados sempre porque na disciplina gozação, somos mestres.

Somos irracionais e disputamos com os cachorros os pet shops de atenção.

Somos carentes de amor e reclamamos a sua falta, apesar de termos o sentimento louco para transbordar, quase indiferentes ao mestre da disciplina.

Que nada nos cobra e deve ser por isso que quase sempre declaramos a sua incompetência para nos ensinar.

Sexofama


O sexo não é privilégio. Todo mundo tem! todo mundo conhece. Todo mundo se excita.

Todo mundo faz sexo.

E, por nós desconhecido, sofre deturpações comprovadas na música, (bota aspas aí); nos livros; nos jornais; na TV; na internet; na revista;
na rua; em casa; na praia;
na tela, como arte.

Se todo mundo tem, por que ainda é instrumento dos que querem ser famosos?

Não é comum? comum a todos?

Sexo é talento? se for muitas das sementes foram perdidas.

Se estivesse na cabeça, como energia criadora que é, com certeza, seria vivido intensamente de forma muito mais ampla, sem barreiras.

Essa, eu não danço!!!



Os meus amigos costumam dizer que tenho facilidade de escrever. De certa forma, sim, apesar de querer que os meus escritos fossem melhores. Não me sinto culpada por não ter conquistado ainda algum prêmio. Isso, porque eu gosto mesmo é de escrever e como todo escritor(permita-me) gosto de ser lida.

Argumento para a facilidade nas letras: a vida toda me mandaram calar a boca. Eu sou do tempo que criança só podia comer, dormir e seguir ordens porque eu não sabia de nada. E nem era permitido saber, ressalte-se.

Mas, como falo muito, acho que não dei ouvidos às ordens que vinham acompanhadas do uso da força. A disciplina da chibata era bem convincente, mas abstraí.

Tudo bem. Tudo a seu tempo. Nem sei como seria hoje se tudo me tivesse sido permitido. Poderia estar agora com cabelo tingido, feito de qualquer maneira, forçando as pregas vocais, numa gritaria sem fim, me sentindo uma estrela, deturpando o que temos de melhor, o forró.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...