O quatro
Quais são os números que deveremos digitar no próximo domingo? São apenas duas opções e inúmeros xis e enes. E, como sempre ocorre, quando não temos certeza de algo, apostamos nas suposições, especulações e superstições também. Por que não?
Os "numerólogos" de plantão apontam sugestões numéricas:
45+13= 58 =5+8= 13 e eu só de bem continuo: 1+3=4, que é o tempo de mandato do Chefe da Nação. Ver mais no antenaparanóica.
Vivemos e convivemos com o quatro.
São quatro os elementos essenciais à vida do Planeta e a nossa: Terra, fogo, ar e água. Também são quatro as estações.
Os Vedas que são os quatro textos em sânscrito, que formam a base do sistema de escrituras sagradas do hinduísmo, que representam a mais antiga literatura de qualquer língua. Veda significa conhecimento.
As quatro nobres verdades de Buda.
O número de mãos quando aceitamos acompanhar alguém.
Os braços de dois amigos trocando energia.
O número de filhotes da gatinha Melanie.
E para não cansar os nossos quatro olhos, diante do monitor, um agradecimento quadruplicado pela visita.
Sempre rádio
Quem não gosta de rádio, bom sujeito não é. Permita-me, Doryval, o plágio, mas é que eu estava vendo, quase impressionada, a evolução do celular. E vi que o rádio estava atrás de tudo isso.
Puxa, se a nossa compreensão do mundo avançasse assim. E foi nesse exato momento, que lembrei dos transistores.
Eram de todos os tamanhos e cores. Lembro o quanto era chique andar com um, penduradinho. As pilhas também duravam mais.
Não sei porque, mas neste espaço adoro voltar no tempo. Foi num desses transitores, que ouvi a marca registrada do Zé Lisboa "acabou o milho, acabou a pipoca". E outra: "Relógio que atrasa não adianta". Existe algo mais popular e mais inocente do que isso?
Eu já me amarrava em rádio e não sabia.
O rádio era o entretenimento, o conselheiro, o companheiro, o porta-voz das boas e más notícias. E os sucessos musicais, sem falar nas novelas. Isso não é saudosismo! É só para dar um retoque no progresso, porque pra mim o celular é o filho mais evoluído do rádio.
Agora, eu sugiro a leitura sobre o primeiro transistor do mundo, e veja o quanto é fascinante.
Puxa, se a nossa compreensão do mundo avançasse assim. E foi nesse exato momento, que lembrei dos transistores.
Eram de todos os tamanhos e cores. Lembro o quanto era chique andar com um, penduradinho. As pilhas também duravam mais.
Não sei porque, mas neste espaço adoro voltar no tempo. Foi num desses transitores, que ouvi a marca registrada do Zé Lisboa "acabou o milho, acabou a pipoca". E outra: "Relógio que atrasa não adianta". Existe algo mais popular e mais inocente do que isso?
Eu já me amarrava em rádio e não sabia.
O rádio era o entretenimento, o conselheiro, o companheiro, o porta-voz das boas e más notícias. E os sucessos musicais, sem falar nas novelas. Isso não é saudosismo! É só para dar um retoque no progresso, porque pra mim o celular é o filho mais evoluído do rádio.
Agora, eu sugiro a leitura sobre o primeiro transistor do mundo, e veja o quanto é fascinante.
Grito de socorro
Somos aconselhados sempre a não reagir a um assalto. Existe cartilha, uma lista para evitar o medo, o pavor da fragilidade? Ok, tudo bem! sei que na hora devo entregar tudo o que a pessoa armada me exigir. E, se nesse exato momento, lembrar das contas, da família e resolver não soltar a bolsa, mesmo que essa reação não seja de todo lógica? E, se mesmo ao entregar, o revólver continue sendo apontado pra mim? Há muitas regras para o assaltante: apontar arma, comandar e atirar. E para a vítima, além de tremer e chorar? Tememos a violência porque mora em nós, ainda. Só que a grande maioria não sai por aí comprando revólver, assaltando e fazendo disso um meio de vida. Já cheguei a ouvir de uma mãe aflita dizer para a filha "entregue tudo.". Conselho oportuno, mas quando foi com a minha filha eu só consegui dizer para o assaltante "não" repetidas vezes. Claro que ele não me atendeu. Interessante é que ele não portava arma que mata. Apenas a presença e a ordem: "me dá a bolsa" - no que foi atendido. Resultado da experiência. Dias, meses com aquele pavor que não nos largava. Sair às ruas sem antes olhar de um lado para o outro, passou a ser rotina. Não está fácil. Hoje não se paquera e, muito menos, nos sentimos paqueradas. Seguramos firme a bolsa, pacotes, damos mais vigor aos passos e elevamos o pensamento para o Alto - Senhor me torne invísivel. Há casos em que conversar com o assaltante dá certo. Uma amiga assim procedeu. "Doutrinou" o garoto apavorado, confuso, debutante na vida criminosa. Razões ele alegou. Precisava de dinheiro urgente para comprar remédio para avó. Ao final, com o dinheiro na mão, não mais fruto de assalto, mas de doação, prometeu mudar de vida. Que me venha o escândalo para que eu queira retroceder e, nesse retrocesso, espiar melhor e compreender a necessidade de indulgência, da misericordia. Lembro um outro amigo invisível: "o ato da violência é um grito de socorro." |
Quase certeza
Não sei em que praças andei, só sei que ao acordar diante do computador, a data chamou-me atenção. Fui xeretando e encontrei o aniversário de despedida de um genial músico: o polonês Fredéric Chopin. Quanta beleza deixou-nos. Quando me permito ao deleite de uma boa música, chego a lamentar os momentos de omissão, ou melhor, confusão de sons que deitava o ouvido. Não quero aqui apresentar homenagem póstuma. Na verdade, estou desenterrando o meu interesse pela música verdadeira. Tenho quase certeza, que em tempo não muito distante, portando trajes longos e pesados, a suavidade de suas composições levitavam-me a alma. A arte nunca me interessou tanto, apesar de nem sempre compreender o que está em tela. Ontem mesmo eu vi o filme que conta a história de vida de Jackson Pollock, o mágico das cores, que brigava com o artista aflito. Percebi as lutas internas e vejo que a ansiedade nos promove vitórias e antecipa fracassos. Também vi na telinha, os artistas do bisturi. Em nome da vaidade, muitos de nós alimenta a cultura da retaliação do corpo. São tantas peles extirpadas e tantas são as dores da recuperação. É o homem em busca da perfeição latente. Modelando o corpo porque está mais ao alcance. Somos repetidores da arte da não-criação. E vejo que destruímos para "construir". Num jardim planejado flagrei um tronco retalhado, servindo à arte humana. O "criador", mais um homem em plena confusão, destrói para criar. O tronco mesmo retalhado é perfeito, como tudo o que faz o engenheiro universal. |
Escapei da palmatória
Ontem foi o dia do professor, quem lembrou mesmo? Nem eu! Há romantismo ainda quando se fala no professor? Se voltar no tempo, eu lanço romance a fase da infância mal socorrida que tive. Será que estou reclamando de barriga cheia? E a mãe terra, a nossa escola de todos os dias? Nesta aí, é difícil passar de ano sem merecer uns bons castigos.
Mas, chega de devaneios e vamos ao mestre, que não mais manda, apenas sobrevive.Anda léguas para pegar o ônibus, e quando tem recursos para isso. É um tal de reivindicar aumento de salário, reconhecimento, valorização, material escolar, merenda para os famintos de saber e de estômago. Ai, ai, ser professor é uma lição dura de aprender.
E a atualização exigida do momento? "Eu lembro que comprei um livro ainda no início da carreira", defende-se uma professorinha, que é assim chamada por conta da pobreza que o abandono lhe impôs. E ela fala de carreira, numa alusão verde esperançosa para uma pálida realidade.
Ah, mas a satisfação não está no contra-cheque, nem no ônibus apertado. Está no sorriso satisfeito com marca da sopa feita de sobras, na carinha dos meninos. Não tem dinheiro que pague isso. E vale todo o sacrifício. E oportunista, como sempre a professorinha convida o satisfeito aluno para a liberdade do aprendizado.
Eu sou do tempo em que a merenda era levada de casa(bolachinhas durinhas, compradas na bodega e banana prata, bem maduras). Motivo de riso eu fui durante muito tempo porque a tal merenda não combinava com a vendida na cantina da escola. Hoje, eu gostaria de ver a cara de quem curtia comigo. Seria uma vingancinha pretérita, bem fria, de saber que as dondocas da época estavam pagando para ter celulites.
A primeira professora a gente não esquece mesmo. E desejo que esteja muito bem, dispensando a palmatória, o mestre da vez, sua arma convincente para fazer decorar a tabuada. Bons tempos em que se aprendia a usar a mente fértil. Nada de máquinas para aprender a somar, talvez se deva à instrumentalização, a frieza com a qual é tratado o professor.
E pensar que o dia do professor data dos idos 1827.
Em meio a tantos e-mails...
Faltando apenas uma semana para decidir quem vai continuar ou ficar em Brasília, como chefe da Nação, volto às reticências.
Surpreendo cansaço de tantos e-mails pro e contra candidatos, e faço uma súplica silenciosa: por favor parem, porque neste momento, quero lançar o meu desejo de melhores dias.
Que o próximo presidente não se encaixe no meu e nem no seu perfil, porque assim, no mínimo, seria mais um confuso.
Que o próximo presidente saiba vencer as tentações das tendências viciadas da política nossa.
Que se lembre das boas indicações ministradas com amor por uma mãe dedicada.
Que o próximo presidente não se deixe levar pela onda ou bola da vez.
Que saiba escolher mãos comprometidas com bons princípios, para ministrar as quantias inumeráveis de dinheiro.
Que o próximo presidente siga a ordem natural das leis do Criador.
Que o próximo mandatário comemore o bem-estar coletivo.
Que todas as noites, ao procurar conforto no travesseiro, possa respirar profunda e longamente, apesar de toda a responsabilidade que se propôs.
Este é o meu desejo, mas há eleitores bem mais objetivos, digo, no tocante ao candidato, como Salvatore D'Onofrio, com a sua Prece ao nosso presidente:
LULA, pelo amor de nossos netos, não cometa o mesmo crime de "lesa Pátria" doContinue lendo aqui.
Fernando Henrique: não tente se reeleger, pois o Brasil não tem Dono!
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