Olha para mim


Olha pra mim. O que você vê, hem? Amanheci hoje com esta pergunta na mente. Não me olhava no espelho, que quebrou e vou tentar reaproveitar os pedaços maiores. Por um ano esteve encostado à parede inicial do quarto, coberto de poeira como tudo o que é largado. E vi o reflexo dos sonhos abortados, dos esquecidos e dos quase apagados.

Eu digo quase porque ainda permanecem ali, no cantinho do céu do meu cérebro. O céu pois que infinito. E acordei assim, sem saber, como sempre por onde andei e com quem estive. Mas, foi agradável este amanhecer. De pronto, nem percebi, só agora sentada aqui diante do monitor e interagindo com o teclado (que companheirão), me dei conta.

Às vezes eu perco a sensação da madrugada, na qual me comprazo em companhias agradáveis daqueles seres amados ou mal interpretados (prefiro assim para não dizer que odeio alguém). Nunca mais tive pesadelos. Deve ser porque penso Nele sempre quando as palpebras pesam, convidando-me à uma noitada agradável de sono reparador.

Quando os pesadelos eram os acompanhantes, o sono reparador mais parecia propaganda de colchões. Foi para este produto que emprestei a voz, num primeiro teste para comercial. Não deu certo, assim como o nome que me inventaram: Gizela Mara (leia guisela). O inventor já se encontra no mundo espiritual, criando e recriando slogans, produzindo programas para TVs plasmadas, e nós aqui, na falta dele, sem TV de plasma, implorando por produções melhores, que nos mostrem como somos na verdade.

Isto não é devaneio. É só o pensar liberto, sem edições.

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