Pois não é que chorei!
Eu sempre me divertia vendo mães chorando diante da(o) filha(o) que diz sim ao casamento. Confesso não saber porque agia assim. Pois não é que chorei também! Um fio de lágrima insistia prejudicar a maquiagem feita às pressas. Sim, porque esses momentos nos roubam o tempo precioso e absolutamente necessário para ultimar os preparativos.
A festa do casamento requer detalhes minuciosos, uma exigência em busca do momento perfeito. É mais um imprevisto criado, disputando com o fato novo que se sucede. Novo porque assim é para quem se inicia na aventura da vida a dois.
Entrei de azul celeste, de braços dados ao filho mais novo, num traje bem comportado, que não brigou com a sua preferência no vestir. Sem lentes, não vi o brilho nos olhos dos amigos que se confraternizavam comigo. Sim, porque a mãe também é o centro das atenções na festa dos noivos.
Sentada ali, à espera da aparição da noiva, que brilhava, trazendo com satisfação o filhinho no ventre, eu não vi a mãe que se aproximava, mas a minha menina, tornando-se uma mulher com mais compromissos de vida.
Simplesmente bela. Olhos, sorrisos, brilho. Toda luz. Foi este o quadro que gravei. E ali, de costas para o público, Érica e Danilo disseram sim à vontade e ao desejo de prosseguirem juntos. E eu coadjuvante, servindo como apoio.
A maternidade tem dessas coisas.
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3 comentários:
Fabreu,
seu blog continua fantástico. Esse jeito de escrever tão natural - como é seu jeito de falar - revela sua competência para o jornalismo escrito, coisa que eu não pude confirmar ao longo do tempo nosso na empresa O Povo. Eu não sei como é que o Demócrito perdeu a excelência de seu texto que, provavelmente, seria bem aceito na área de opinião, crítica, editorial, crônica etc.
Espero ainda curtir isso tudo - senão aqui no blog, mas no espaço do jornal impresso.
E, aproveitando, parabéns pela mãe que casa a filha. Só faltou um detalhe que nos deixou curiosos: quem se casou das duas?
Foi a Érica, a filha do meio, aquela que sentava no seu colo durante o programa, naquelas madrugadas gostosas, lembra?
Obrigada pelo elogio meu amigo. Um grande abraço.
Oh mami.... ninguém melhor que você para descrever aquele momento tão absurdamente especial, que me deixou completamente emocionada e completa. Obrigada por toda a dedicação mami, durante os ano em que estivemos sobre o mesmo teto. (Se bem que ainda insito em viver o cotidiano da casa da mami...) Te amo e estaremos sempre juntas !!!!
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