Houve um tempo em que me sentia impotente diante dos vícios, que se acumulam na mente humana. Ia às lágrimas, lamentando o desequilíbrio que a dependência química, por exemplo causa nas pessoas.
Queria modificar tudo, como se pudesse. E, em muitas ocasiões acreditei que podia. Promovia ações esclarecedoras, horas a fio de conversa... Mostrava exemplos catástroficos... nada surtia efeito.
O momento do discernimento chega e me flagra em meio a tantas dúvidas e vontades de fazer o outro perceber, que para conhecer o abismo não precisa ir até o seu limite. Sei que podemos auxiliar muito mais do que querer fazer a cabeça do dependente ou usuário.
Antes de qualquer movimento, é preciso respeitar a vontade, reconhecer os limites e agradecer a Deus por mostrar que a compaixão supera toda a rejeição que a dependência provoca.
E também nos reconhermos compulsivos por outras drogas como o orgulho, a vaidade, alimentos da prepotência, filha da ignorância.
Enquanto isso, a polícia faz o seu papel de repressão.
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