A nóia do tempo


Estive ausente nesses dias por falta de tempo. Aliás, essa convenção humana é complicada de se lidar, principalmente porque tenho verdadeira nóia com o relógio. Não uso no braço o aparelho ditador, mas tenho em mente os minutos necessários para prover as minhas ações rotineiras.


Eu preciso sempre me guiar pelo tempo e tenho um certo respeito temeroso por esta ação. Lembro que tem sido motivos de susto, suspense, desmotivação, motivação e, por que não dizer, angústia. Esta última sensação é sempre companhia naquela fase do novo, do anúncio do advir. E como demora a passar.


A tensão é cúmplice do tempo. Quanto mais longa a espera mais sou pressionada, fico impactada pela ansiedade. Só quando os momentos são do tipo perfeitos, e os músculos relaxados, o tal tempo se torna curto.


Eu estive por aqui na memória. Sentia-me quase obrigada a voltar à página e escrever. Uma espécie de compromisso com o leitor(nauta). Eu sei porque assim espero ser tratada quando costumo visitar um sítio ou site como desejar.


Mas, não há tempo que dê tempo para que a nóia impulsiva não continue sendo uma companheira importuna. E já foi motivo de pesadelos. Ou seriam sonhos repetitivos, enfadonhos?


Sempre sonhava que corria aflita em busca de algum objeto, roupa ou acessório que me permitissem sair de casa e atender a um compromisso. O sonho terminava, ou melhor, eu acordava e nunca, nunquinha dava tempo. Uma certa feita, ouví de um psicólogo o convite ao seu site, garantindo respostas para um cismar contínuo.


No momento em que me debruçava nos teclados para contar a minha história e me ver livre a tempo, da angústia do tempo, eis que bem a tempo, me toquei: é a minha nóia com a hora. Aí, pois não é que me libertei um pouco? A angústia diminuiu! Nós, quando queremos, realmente, somos os nossos terapeutas, de fato.


Administre o tempo, e volte a me visitar. Eu acredito que esse tempo não será perdido!

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