Acert(ando)


Ocupo o espaço hoje para comemorar os 30 anos de instalação da Associação Cearense de Rádio e de Televisão (Acert). O ato mereceu festa no BNB Clube com a presença do então governador Adauto Bezerra.

Interessante que faz tão pouco tempo que o rádio era considerado o veículo de maior expressão do país. Não deixou de ser, mas há hoje, uma inexpressiva compreensão dessa mídia.


Apesar do meu grande interesse pelo rádio, nem sempre consigo acompanhar a programação. É um tal de opinião sem argumento científico que cansa o ouvido e desatina a tolerância. Ou seja, desinforma.


Somos formadores de opinião, o que não nos inibe de sugerir, no entanto, a meta é prestar serviço, aglutinar o maior número de informações confirmadas possíveis. Quem vive no rádio e para o rádio sabe disso.


Apesar da chamada, congratulo-me com todos os heróis da resistência: aqueles que acreditam e apostam no radiojornalismo. Para quem não conhece os bastidores de uma rádio, não faz idéia da mágica. Hoje, a tecnologia auxilia e sufoca ao mesmo tempo, bem diferente da época em que se ganhava no grito.


Antes era quase primitivo na visão de hoje. Um microfone, uma mesa de áudio, bloco de papel, lápis, telefone, um gogó de ouro, discos de vinil e muita empatia. Pronto para ir ao ar e promover uma das maiores revoluções que o mundo já assistiu. A informação dia-a-dia, a música do momento, e aquele chamego que nos acordava e nos botava para dormir.


Não fiz parte dessa época romântica, quando comecei, o telex era a bola da vez. E eu que nem sabia operar a tal máquina, já me sentia globalizada.


Ok, "acabou o milho, acabou a pipoca. Relógio que atrasa não adianta". Com esta eu envio um abraço carinhoso para Zé Lisboa, o comunicador que me ensinou a ouvir rádio.


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  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...