Cronicando


Eu tenho um sonho: ser cronista. Passei algum tempo da minha existência cismando a respeito do desejo. Afinal, é preciso ter uma visão macro para chegar ao micro da questão. Não sei se vou conseguir, mas continuarei tentando porque há tentações infinitas ao meu alcance.


Os fatos merecem, além da notícia, o aprofundamento para fugir da superficialidade e se contextualizar com o cotidiano. Nada é isolado. Essa é a compreensão. É preciso lincar-se, estar presente, mesmo que o tema aparentemente não nos diga respeito. Ler é fundamental, daí a necessidade da escrita.


Nada me dá mais prazer do que uma leitura que se faz compreensiva. E há aquelas ainda que costumo assinar ao final do texto, sem plagiar, só pela emoção de fazer parte do conteúdo. O nosso País, apesar dos inúmeros analfabetos, é farto de escritores maravilhosos.


Quando quero encontrar a veia da escrita, busco ajuda nas letras de Carlos Drummond, de Afonso Romana Sant'Anna, Machado de Assis - como cresce a sintonia quando os leio. Afonso, por exemplo, diz que o cronista é um escritor crônico.O cronista é crônico, ligado ao tempo, deve estar encharcado, doente de seu tempo e ao mesmo tempo pairar acima dele.


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