Paraíso não se compra


Eu não defendo a ilegalidade... epa! mas o que é ilegal, mesmo? Quando iniciei este blog quase que fiz uma promessa para não sair bradando revoltas, críticas ácidas, contudo, com a flexibilidade a que me dou direito, de vez em quando é preciso jogar limão no leite condensado. Não para saborear a mousse, mas para sentir a realidade do mundo cruel ao qual muitos de nós estão presos ainda.


Este leriado todo é para comentar o que vi ontem na TV: os detentores de dinheiro invadem áreas de preservação, constróem casas fantásticas as quais não têm tempo para curtir. São lugares públicos, bens da União, transformadas em praias particulares, como o que ocorre em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.


Os ricaços desta Terra ainda não entenderam - e a compreensão está longe - que a riqueza é uma oportunidade que temos para tentar melhorar a vida do menos abastado, ou mesmo dos miseráveis. Há ainda a cultura do Ter acima do Ser. O homem criando leis e promovendo a desvalorização das próprias.


Isso faz com que o paraíso prometido continue longe de avistar, sequer vivenciar. Enquanto a elevação não chega, burlam as leis, ultrapassam o poder legitimado e com o dinheiro vasto sai comprando, corrompendo, usurpando e roubando (este último gerúndio continua na moda).


O paraíso físico está ao alcance da grana, enquanto que o inferno da insatisfação tem sido para eles eterna companhia.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, eu também penso assim como você. Isto tudo acontece porque temos no judiciário o mais corrupto dos poderes chancelando todas estas trapaças corriqueiras. Vide as barracas em toda orla marítima do estado (também área de preservação) mantidas em pé às custas de liminares judiciais.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...