Prostituição na TV


O que a Globo pretende com o personagem da excelente atriz Camila Pitanga? Estou - só de bem - acompanhando, de vez em quando a trajetória de Bebel na novela, em sua forma invejável(?!)


O papel que alguns insistem em dizer que é rico porque ser prostituta não é fácil, não mereceu ainda, um tratamento que me convencesse. Qual é mesmo o recado? Mostrar que a mulher objeto ainda é a bola da vez? Que a única inspiração de vida é o sexo vendido? Que a maior felicidade é ser cliente exclusiva para sair das ruas?



A repórter Glória Maria fez recentemente uma entrevista tímida com Camila Pitanga a respeito do personagem. Tímida porque só se ocupou da performance da atriz num passeio num dos belos recantos do Rio. Senti a idéia da Globo que é tornar o Rio de Janeiro, uma cidade mais agradável, apesar de perigosa. O apelo global mostra a maravilha que já foi de forma superficial demais.


O cenário, restrito ao bairro famoso Copacabana, maravilhoso por Deus, está longe da realidade que a própria emissora mostra em seus noticiosos.


E o que diabo uma cearense tem a ver com a cidade maravilhosa? Tudo! Faz parte do meu cenário também porque o que mais me incomoda é a insegurança, não só pelo números de vítimas, mas por todo um contexto que desvaloriza o ser humano.


E também porque estou cansada da superficialidade. O brasileiro é antes de tudo, um criativo incansável, mas muitas das idéias morrem na praia. Não sugiro o aumento do espaço de Bebel na novela, mas será que daria para ser mais objetivo?

Um comentário:

Daniel Pearl Bezerra disse...

Boa tarde.“O jornalista Diogo Mainardi é mesmo um sujeito estranho. Vive reclamando dos processos que toma, inclusive de outros colegas, pelas barbarides que fala na televisão ou escreve na revista Veja.” Esse cara-de-pau Mainardi pensa que é dono do jornalismo no Brasil. Humildade e ética são ingredientes para um bom profissional. Já a “O Globo” reclama de CENSURA. Que moral tem O Globo para reclamar de uma suposta censura à mídia hoje se na época da Ditadura Militar de 64 que seqüestrou, torturou e assassinou milhares de brasileiros, o jornal foi conivente com a repressão? Segundo o jornalista Mino Carta, “o Brasil tem a pior mídia do mundo”. Sobre a Folha de São Paulo, ela nunca foi censurada, gosta de posar de democrata e transparente, e tenta esconder esse período macabro (64) que revela todo o seu caráter de classe e a sua postura direitista. Protegida pela ditadura, a Folha cresceu, e durante os oito anos de FHC, ela nada falou contra as suspeitas privatizações e pregou a ortodoxia macroeconômica. Acesse o DESABAFO PAIS: http://desabafopais.blogspot.com

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