A falta da senhora


Como a cachorra sente falta da senhora. Não que a cultura do macho não tenha mudado, sofrido interrupções.
O tempo quedou-se longe quando uma flor solitária se deixava acompanhar do gesto obsequioso do galenteador. Apesar da linguagem parindo poesia mostrar uma suposta face de gentileza, tudo não passava de artifícios sedutores. Minha gentil senhora era o obséquio que nenhuma alma feminina se deixaria declinar.


O efeito linguagem, pelo menos, lá no fundo, sugeria graciosidade. Bem melhor ser chamada de senhora, longe do demonstrativo de poder, mas sobretudo, de submissão, do que se aninhar no canil que propõem as letras (?) das músicas(?) atuais.


A inspiração veio daqui do romântico texto jornalístico dos anos 50.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não entendi bem o link. Mas as músicas exprimem o que as pessoas estão querendo ouvir, ou dizer. Nada mais real do que acompanhar o estágio de uma sociedade pelas suas expressões (supostamente) artísticas.

Fátima Abreu disse...

Opsss! valeu a dica. Corrigi a data e o link. Beijos.

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