Ladrão da tristeza


Lendo a história de vida do palhaço Trepinha, agradeci a Deus pelas inúmeras gargalhadas, sem reparar no que os outros iriam comentar porque também faziam coro.


Que bom que o avanço da tecnologia não conseguiu retirar da arena, ou melhor, picadeiro, o riso do palhaço, que resiste ao tempo, porque não somos indiferentes ao bom humor. É preciso - insisto - que nos seguremos no riso simples, dos gestos e das piadas óbvias dos palhaços nossos de cada dia.


A piada ingênua, curtição da rotina diária que passa despercebida porque crescemos, ainda infantiliza a vida. E é no que consideramos bobagem o riso frouxo despreocupado, que nos libera das sensações das adversidades e nos liberta a alma.


O palhaço é o artista nato que recria ações. Nada de novo faz porque não é necessário. Cara pintada, nariz de plástico vermelho, sobrancelhas exageradas, caricaturam o humor nem sempre correspondido dos adultos.


Palhaço é para criança, período feliz porque nos aliena das adultices futuras. E a gente aporrinhando a infância perguntando o que quer ser quando crescer. E eu sei? Grande? É a tal mania da antecipação, do pre-ocupar-se, saltando os dias leves, comprometendo o advir.

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