Gente, fui universitária durante quatro anos movimentados e gostosos. E, incrivel: completamente alienada dos processos do somos do contra porque queremos mudanças. Se me perguntarem nem sei dizer porquê.
Agora, assistindo a insistência dos universitários pela permanência dos estudantes de baixa renda nas instituições, com direito à moradia, alimentação e transporte, me vejo, pelo menos, com o mastro dessa bandeira nas mãos.
Se ouve muito falar sobre auxílio ao estudante e se, começar pelo transporte que é pago todos os dias, o aluno não tem mesmo estímulo para sair de casa e enfrentar a rotina do aperto. Torna-se sanduíche recheado de insensibilidade e um número na escola.
O professor, por sua vez, acompanha o aluno na mesma política de arrocho, só que no caso dele, tem comprometida a sobrevivência. Ontem, enquanto esperava um táxi para voltar à casa, conversava com uma professora que "acorda, dorme, come e respira provas", como ela mesma afirmou, lamentando ao mesmo tempo, que uma das filhas tenha escolhido a mesma profissão.
E eu ali, ouvindo, concordando em silêncio. Qual resposta daria para alguém que não vê a hora de se aposentar, para ter um pouco de sossego. Eu disse, sossego???
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