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Se eu trabalhasse por dinheiro viveria de mau humor. Porque os credores - o grande público que me circunda - estariam na minha cola, esnobando a minha forma de estar.


A lisite faria concorrência com a sinusite e com certeza, teria mais problemas nas vias aéreas que o presidente Lula com o caos nos céus do Brasil.


O apagão seria generalizado: sem luz, sem água, sem comunicação.


Nem o SUS teria a tolerância de ter mais uma na fila de espera. Já estaria virtualmente cortada dos planos de saúde, que sequer planejam trabalhar com gente sem classe. Digo, sem grana porque no Brasil, não ter grana significa ser um desclassificado. Quem defende a classe pobre?


Xingaria os supermercados, os grandes shoppings, como ousam me ofender com tanta ostentação?


Fico pensando se o pobre fosse preguiçoso, lamentaria, com profundidade, o quanto deveria sofrer. Se tivesse o privilégio da esperança morreria com a boca escancarada à espera do maná.


O que mais admiro e respeito é a vontade descomunal dos trabalhadores nossos, que apesar dos insultantes salários, continuam na labuta. Estes sim, não trabalham por dia. São os que nos garantem.

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