Você tem medo de quê?


O medo de sofrer qualquer agressão, por menor que seja, está deixando muitas das pessoas que conheço paranóicas. Defende-se com insistência o aumento do número de policiais; de prisões; de sentenças porque se acredita que a impunidade fortalece o crime.


Baixa-se decretos para resolver a situação quase intolerável, pelo menos no Ceará. Os órgãos da segurança não têm segurança de que irão desenvolver políticas para culminar e permitir que andemos tranqüilos pelas ruas, praças e nos transportes coletivos.


Trancamos a porta, eletrificamos cercas e paredes para evitar que a violência nos atinja. Nada resolve, em definitivo. Porque não é com papel que se educa, muito menos com decretos. E também não é rápido como a situação nos impele.


Nada é mais preocupante do que ficar parado por muito tempo em qualquer lugar da Cidade, para trocar um pneu, por exemplo, sem que os olhares dos transeuntes ou motoristas nos incomode. Nada mais constrangedor do que o sentimento generalizante de que todos são suspeitos e, que a qualquer momento, se vacilo, danço feio.


É preciso ter cuidado com os sentimentos, alimentar a calma para esperar soluções educativas e, principalmente, acreditar que tudo passa e que os dias melhores virão.

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