Príncipe encantado


Quando menina, sonhei com o príncipe encantado igual ao da Bela Adormecida, que acordaria a mulher em crescimento. Na adolescência, tentei acompanhar o trote do cavalo que transportava o meu pretendente - engraçado que agora, a palavra pretendente lembra pretensão.


Chegou a "adultice" e que chatice, o princípe estava a pé e pulava como sapo para a margem contrária a minha em busca de peraltices. Na maturidade, alcançada com a mudança de dígitos, não sonho mais. O propósito do companheiro é real, não mais cabe o encantamento.


O homem alvo de hoje tem que ser desencantado, sem mistérios, porque não há o que esconder. Esta foi a conclusão que tivemos, eu e a minha amiga Edna durante um almoço do tipo executivo, rápido, mas que nos permitiu alcançar as idéias e clarear o discernimento.


Portanto, homens da minha Terra, quando maduros, não mudem para o verde da imaturidade porque seria contrário a natureza. Ser contrário é contrariar os propósitos e os rendimentos de uma vida a dois. Sempre quando penso nisso vem à mente a imagem de uma grande rede branca, balançando lentamente em harmonia com o pensar comum, enquanto quatro pés se tocam numa linguagem, que dispensa palavras para o entendimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu jah penso que para cada pé, um número.


bjo

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...