Vilania



O melhor enredo para filmes, mini-séries e, lógico, novelas, tem sido a violência. Nas novelas, o mau caratismo emplaca do início ao fim. Os produtores não sabem trabalhar com o outro lado: a bondade, o altruísmo, a beneficência. E quando isso ocorre, ocupa pequenos espaços nas estórias e torna ainda os personagens tipo bonzinhos, sérios, honestos apagados e sem-graça.




Estamos tão psicoadaptados às cenas de violência na TV, que chegam a nos confundir. E, para completar, ainda há enquetes para encorajar os maus personagens. O vilão passa a ter torcidas. Não chega a ser um prêmio para a maldade, mas, há algo muito pior, que é a insistência no aspecto desumano de ser. Para quem o discernimento já se fez presente, separar o joio do trigo é visível, mesmo que com atalhos, mas para quem ainda está em formação - está recebendo as primeiras noções de sociedade, do bom convívio - é, no mínimo irresponsável enviar para diversos lares cenas dantescas.


Há o aviso recomendando a idade do telespectador, mas quem leva em conta a advertência? Fico cismando o pensar com relação à responsabilidade dos programas. Em muitas residências, a TV ainda é a babá eletrônica, que fornece informações demais, o suficiente para minar a resistência do bem - na maioria sem graça, sem atrativos - para a criança que está se despedindo da fase infantil e entrando na adolescência.

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