Passeio Público


Nunca fui ao Passeio Público, reduto da história cearense, onde ficaram as marcas de um passado de luta e de morte! O logradouro já foi lugar da elite, dos encontros e desencontros amorosos. Hoje, segundo falam, é a concentração dos que se aventuram na noite, em busca de um sustento.


Conheço o local de vista, quando vou ao Centro da Cidade e estico o olhar para aqueles bancos de madeira entre o verde que decora o ambiente, num convite sem resposta. A história antiga nem sempre nos desperta atenção. É o olhar acostumado, desinteressado, apenas situando os pés, num passo célere, porque a maioria tem pressa.


Para os mais velhos, que ocupam o olhar na paisagem indicativa do mar, já sem as brumas apaixonantes, o peixe de lá é igual ao de cá. Ou seja, a vida é um arrastar de situações, antes buscadas com frenesi, e que agora, apenas a espuma das águas num vai-e-vem nem sempre inteligível.

2 comentários:

Eduardo Andrade disse...

Amiga,
Belo texto!
A vida é assim mesmo...
A dúvida que eu tenho: é bom que seja assim?
Abs,

Fátima Abreu disse...

Acredito que seja, Eduardo, porque somos seres em evolução constantemente, as coisas passam porque nos apresentam situações outras, que necessitam de nossa atenção. Um grande abraço.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...