O valor da mensagem


Gosto do mês de dezembro mesmo com tudo o que representa na questão consumista. Mas, o que mais quero curtir é o momento, que dura 31 dias, de querer chegar mais próximo, até mesmo daquelas pessoas que a nossa intolerância desafia a distância física.


Neste período costumamos enviar mensagens, que se não representam o nosso mais íntimo desejo, pelo menos é uma tentativa de dizer que a mágoa já não mais existe. Que a inveja está mudando; que a raiva já passou e que é possível sorrir diante do azedume, sem desmascarar a dor que lateja e faz chorar.


Recebo muitas mensagens que me convidam a pensar, a refletir, a desejar o bem, o melhor para o "autor" dos pensamentos. Gostamos de copiar palavras que expressam sentimentos, que não se expressam expontaneamente.


Lembro que na adolescência era assediada por amigos - porque tinha facilidade de escrever - para colocar no papel o que eles sentiam, mas que não conseguiam expressar nas letras.


Percebi desde cedo que costumo ser mais suave ao escrever do que ao falar, a começar pelo timbre de voz. Aqui sempre busco defesa: não sou grossa. Sou enfática ao falar. Incisiva ao defender o que acredito e por isso mesmo alvo de tanta atenção. Mas isso não quer dizer que não saiba diminuir o volume da voz e adotar uma postura mais dócil, quando diante da emoção estimulada pela simplicidade da fala dos que me amam.

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