Ser ou não ser herói


Quem é o maior herói do momento? Esta pergunta dirigida assim vai merecer inúmeras respostas, posto que não é específica.


Se a resposta vier de uma criança ela diria que pode ser o papai ou os fartos destemidos e inverossímeis da cartunagem.


Se for de um trabalhador, ele se auto-denominaria.


Mulher, ela própria porque incorpora a maternidade, a cozinha, o tanque, a tábua de passar, o raciocínio, a educação, a economia, o secretariado, o trabalho fora de casa, ginástica, a tribuna, a oratória pontual.... você pode completar aí.




Não sei se é certo dizer que, curiosamente, os heróis engrossam as filas dos sem: sem-teto, sem-comida, sem-roupa, sem-estudo, sem... e por aí vai!


A mídia, acostumada a passar notícias negativas na maioria dos casos, costuma fazer estardalhaço com os heróis, que saem do anonimato, ganham fama e logo depois são esquecidos. Isso seria ingratidão?


Na realidade, ser herói é praticar ação do bem, nem sempre tão sentida, agindo pelo coração, atendendo à uma determinação ímpar do criador. Não pensa na recompensa do outrem, reconhecimento popular, ou muito menos mudança na vida que leva. Segue apenas à Lei da Conservação que se avizinha do amor pelo próximo.


Ainda bem, menos mal, digo ao ler notas como estas.

A nóia do tempo


Estive ausente nesses dias por falta de tempo. Aliás, essa convenção humana é complicada de se lidar, principalmente porque tenho verdadeira nóia com o relógio. Não uso no braço o aparelho ditador, mas tenho em mente os minutos necessários para prover as minhas ações rotineiras.


Eu preciso sempre me guiar pelo tempo e tenho um certo respeito temeroso por esta ação. Lembro que tem sido motivos de susto, suspense, desmotivação, motivação e, por que não dizer, angústia. Esta última sensação é sempre companhia naquela fase do novo, do anúncio do advir. E como demora a passar.


A tensão é cúmplice do tempo. Quanto mais longa a espera mais sou pressionada, fico impactada pela ansiedade. Só quando os momentos são do tipo perfeitos, e os músculos relaxados, o tal tempo se torna curto.


Eu estive por aqui na memória. Sentia-me quase obrigada a voltar à página e escrever. Uma espécie de compromisso com o leitor(nauta). Eu sei porque assim espero ser tratada quando costumo visitar um sítio ou site como desejar.


Mas, não há tempo que dê tempo para que a nóia impulsiva não continue sendo uma companheira importuna. E já foi motivo de pesadelos. Ou seriam sonhos repetitivos, enfadonhos?


Sempre sonhava que corria aflita em busca de algum objeto, roupa ou acessório que me permitissem sair de casa e atender a um compromisso. O sonho terminava, ou melhor, eu acordava e nunca, nunquinha dava tempo. Uma certa feita, ouví de um psicólogo o convite ao seu site, garantindo respostas para um cismar contínuo.


No momento em que me debruçava nos teclados para contar a minha história e me ver livre a tempo, da angústia do tempo, eis que bem a tempo, me toquei: é a minha nóia com a hora. Aí, pois não é que me libertei um pouco? A angústia diminuiu! Nós, quando queremos, realmente, somos os nossos terapeutas, de fato.


Administre o tempo, e volte a me visitar. Eu acredito que esse tempo não será perdido!

O que vi


Hoje ocupo o espaço para mostrar o que vi por aí e não gostei.


Desagrado meu para o homem que ainda chama a mulher de máquina de fazer filhos.


Para o cronista que critica quem tem coragem de se expor, sem medir aqui as razões.


Para mim, que deixei passar as oportunidades de dizer aos amigos o quanto eu os admiro.


Só agora estou assumindo a minha gratidão verdadeira aos anjos (é assim que os chamo, no íntimo) que Deus colocou no meu caminho. Naquele momento oportuno, na necessidade, na tristeza, na melancolia, na bisbilhotice, na farra e na sutil solidão que escolhia.


Não citarei os nomes porque os meus amigos, eles assim se reconhecem.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...