Nem morta!


O que mais gosto da AM do Povo é porque foi lá que tive oportunidade de ser eu mesma. Humor transbordante, espaçosa, zombeteira, esperta, inteligente e, absolutamente, feminina! Escrevi inúmeros textos em muitas oportunidades de trabalhar na produção da emissora. Bem que este aqui, merecia ter feito parte. Só me veio agora por conta do pensar amadurecido.


Estou praticando a naturalidade do retorno para o mundo de onde vim. Encarar numa boa o desenlace (ainda bem que não é um nó), desta para uma melhor. Ilusão, meus caros. Para estar bem no retorno, é preciso conquistar bagagem aqui.

Costumo imaginar como será a reação dos que me conhecem por aqui, e já preparo as respostas:

Para os que disserem que já vou tarde, direi nem tanto. Há muito o que fazer ainda, eu vou voltar.

Para os que não sabem viver sem mim, saiam da minha aba. É tempo de crescer.

Para os que vão falar mal, não joguem sal nas minhas asas de anjo indefinido.

Para os que vão contar os meus cases, riam muito porque oh! exercicio bom.

Para os que estou devendo, xi....

Para os que queriam minha atenção e eu, nem tchun, paciência, vai!

Para os que sempre falharam comigo, obrigada por terem sido instrumentos que me permitiu trabalhar as minhas frustrações.

Para os que dizem até mais amiga, vai aí um aperto de mão. Ok, se não quiser apertar, apenas acene. Eu vou entender.

Para os que não me perdoaram ainda, libertem-se, eu não mereço a sua mágoa.

Para os que ficaram desesperados(?) com a minha ida, meus amores eu vou continuar amando e, logo mais, acreditem, a gente vai se encontrar.

E para os que rezarem por mim, obrigada. Necessito de muita luz e podem mandar muita. Aqui, a Coelce não tem vez.


E para os que pensam que a morte é o fim, quem vocês acham que lhes intuiram para estar lendo agora?

E, finalmente, para aquele que queria a gostosa, sabe aquela frase que não disse? Pois, nem morta!

A Rádio O Povo é uma das maiores razões de riso porque é qualidade no ar.

Planta é notícia

Hoje saí para ver o dia de São José. Há quanto tempo não curtia água, areia e sol. Claro que fiquei metade sombra. Acontece que a pele do rosto resolveu rejeitar o calor. Para quem vivia na Praia do Futuro, curtindo tudo o que lá se oferece...

Mas, o que o meu dia de sol tem a ver com o meu tema do mês de março? Estava degustando um caranguejo saboroso, quando percebi a presença de um cameraman da TV Cidade e, olhando um pouco mais adiante, uma corajosa repórter, desafiando o calor.


O meu pensamento foi para o tempo de repórter da rádio Am do Povo 1010. Na produção, nem sempre o que colocamos no ar é factual. Não ficamos sentados esperando que algo aconteça para enviarmos um repórter. Saímos em busca de notícias. E tudo o que acontece em sociedade, na sociedade, merece ser mostrado? Nem sempre.
No entanto, lembro um fato interessante. Numa manhã de sábado, com tudo aparentemente calmo, sugeri ao repórter Renato Abreu que fosse verificar que tipo de planta, apontando para o futuro um árvore robusta, crescia na parede de um dos prédios da UFC, na avenida 13 de Maio.

Renato Abreu, que agora é visto na TV Assembléia, fez uma das coberturas mais fantásticas. Pena que eu não lembre o nome da planta. O interessante ressaltar que naquela manhã de sábado, que nada prometia, Nonato Albuquerque e Renato Abreu acordaram a Cidade e moveram inúmeras pessoas ao local.
Foi uma festa! Ouvintes ligavam dando sugestões; transeuntes sugeriam nomenclaturas mais diversas; motoristas até de coletivos paravam para observar. O clímax aconteceu quando um botânico, professor universitário, curioso pelo "barulho" ,nos descreveu o tal móvel da matéria.


Lamento mesmo não lembrar os nomes. Mas, repórter que é repórter realmente sabe despertar a atenção, o interesse pela vida. Nem que seja presa à uma parede.


Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...