Caridade, nem tanto

Estava pensando por que muitas das nossas ações, as quais iniciamos com muito afinco, devoção mesmo, perdem-se no tempo. Nem consigo contar as que já participei, até chegar a ser uma das fundadora, mas que no caminho - não sei no início ou no meio - perco a identidade.



Não sei se por exigência, de querer que as coisas funcionem do meu modo, só sei que acabo largando e buscando outras alternativas mais afinadas com o meu pensar.

O que conta é fazer algo por alguém enquanto se acredita estar amando o próximo.

Gosto de trabalhar para àquelas pessoas com as quais não tenho convivência. Alguns amigos me chamam atenção para o perigo de auxiliar organizações ou entidades sociais, que sobrevivem à custa da miséria. Que susto! a humanidade é sempre criadora na temática da malversação.


E o que a gente pode fazer? Promover devassa nas entidades? Solicitar balancetes mensais para identificar para onde está indo a minha moeda? Prefiro acreditar que é para o bem de alguém que esteja realmente necessitando de ajuda.


Confesso que no momento da doação sempre vou pela intuição. É coisa de energia mesmo. Olho para a pessoa, dou ouvidos aos seus queixumes e estendo a mão. Se for encenação, paciência, é porque ainda estou precisando repetir as lições de casa.

Vendo o 13


Não me lembro bem o que pensava e o que fazia aos 13 anos.


Muito menos quando somei 1+3.


Aos 31 conquistei a idade da razão. Adeus adolescência, seja bem-vinda coerência.


Vivi cerca de 2.496 sextas, nem sempre 13, nem sempre 4 e nem sempre 31. E o que isso interferiu na minha passagem na Terra?


Dos 13 são 3 filhos, um garoto, um neto.


Não amarguei a vitalinice. Dizem que escapei.


Não comemoro o 13 que merece bolo de 20 pedaços.


Sinto aproximação do 13o que o leão vai comer sem superstição.


Fico com o dia de maio, da libertação.

Eis, Tereza!




Tereza Neuman (lê-se Noiman) dos Santos Freitas. Guarde o nome. Esta mulher é fantástica. Vive uma rotina de dias que somam 48 horas. É uma equipe como quase toda mulher, na sua missão de tornar a sociedade melhor.




E como todos gostam de ser o primeiro, ela não foge à regra, mas aposto que não foi pensado. Tereza é a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Ceará nos seus 65 anos de fundação. A número um depois de tanto tempo. Seria domínio masculino? Nem vou me deter nesse aspecto agora porque não é objetivo deste post.


O que quero realmente é exaltar a figura feminina, participe de um clã no qual as mulheres são fortes. No início, a dona Socorro, a genitora da nossa personagem; a irmã Maryllenne Freitas modelo e amiga de Tainara, filha única, que promete dar continuidade ao fortalecimento do clã.

Participei da solenidade de posse como amiga e admiradora e vi na sua simplicidade a promessa de um compromisso, que está apenas começando.

Longe de mim desprestigiar os homens daquela família, mas, com licença, essas mulheres são fantásticas!

Homem tecno


Passando pela rua, sempre admirando o lixo que se acumula - fico surpresa com tudo, um bairro considerado nobre, como o de Fátima - tenho a feliz oportunidade de ver que parte daquele pequeno contorno, lembrando uma pracinha está capinado!


Agradeço mentalmente pelo serviço duro seguido pelo sol, deixando a pele daqueles trabalhadores brilhando. Logo na frente, alguns descansam à sombra das árvores que emprestam conforto sem escolher a quem. Estão sempre ali alegres, verdejantes, serenas, apesar de tudo.


Numa calçada, instalada, uma mulher, segura absorta um aparelho de celular. A cena tão comum tocou-me o pensar: o avanço tecnológico prolifera e populariza o que já foi considerado status , indicativo de quem pode arcar com altas despesas.


Aquela forte mulher, que dá duro para limpar a sujeira dos pretensos civilizados, participa de uma cadeia produtiva, sem, talvez -acho eu - perceber que o homem tecnológico avança contra si mesmo. É tão mais fácil adquirir um aparelho de tecnologia de ponta, enquanto é tão difícil ser notada como uma cidadã, que não se diminui diante do trabalho desafiador, mas que lhe nega as oportunidades de uma vida digna por conta do parco salário.


E ainda há quem considere que o avanço intelectual caminha igualmente ao moral, o respeito pelo outro. Considero digno todo o trabalho, mas os mais básicos, como manter limpa uma cidade, por exemplo, é tão vil na questão sobrevivência.
Bom comentário é do Marcelo Gutierrez.

Pela Vida






Pelo homem, pelas plantas, pela fraternidade, pelo sorriso, pelo Planeta, por você.




Esse trabalho de colagem com a ajuda de outros blogs, manifesto o pensar em favor da vida.


Não, não vou fazer apelos já convencionais: apenas acredito na vida, mesmo àquela que sobrevive aos argumentos mais defendidos, ou que são conclamados mais válidos. E, sobretudo daquele que uma vez recusado, manteve-se disposto a voltar, apostando na aceitação.


Nós sobrevivemos, apesar de nós mesmos.
E você, vai dizer não pra mim?

Na malhação


A história de Judas precisa ser recontada, ou melhor, contada em detalhes para o mundo saber que ele já foi perdoado. Aprendi muito cedo que traição tem o seu nome e, quando soube, não questionei, como hoje faço.


Vi no notíciário da TV que a malhação prossegue tradicionalmente. Bonecos com cara de quem faz moda ou é indesejado por alguma razão personaliza-os. Depois de exibidos por vários bairros, o representante de pano é massacrado impiedosamente.


Incrível sensação tomou conta de mim quando vi crianças portando paus e batendo repetidas vezes em um boneco, que se despedaçava e logo depois atiçaram fogo. Fiquei questionando se elas sabem o que estão fazendo. Antes de vir a resposta, uma entrevistada destacou a importância do gesto, estimulando que as crianças precisam participar em nome da tradição.


É tradição humana malhar? Atear fogo no corpo portador de espírito indesejado? Até quando vamos malhar só porque alguém fez isso primeiro e se tornou modelo?


Enquanto isso, o principal personagem o que anda fazendo para continuar merecendo insultos dessa forma? Ainda bem que aprendi que a gente cresce.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...