Qualquer semelhança...


Você acompanha novelas por quais motivos? Eu, confesso que assisto, mas não sou do tipo de preparar gravação do capítulo porque vou estar fora ou de desistir de um passeio para não perder o que está para acontecer. Nada é mais óbvio do que a sucessão da estória.


O que mais desperta a minha atenção é porque nesses folhetins televisivos as dores da nossa alma são escancaradas. O escritor tem um reduto promissor e faz com destreza a exposição do que mais necessita ser trabalhado em nós.


É claro que isso não é razão suficiente para estimular ninguém a ver as novelas. Mas, se tiver um tempinho e não for inconveniente, acompanhe uma noite dessas o desenrolar premeditado das estórias seqüênciais. Não se assuste se se identificar com algum desses personagens.

Cor da boca

Não vivo sem batom e nem quero saber quanto custa. Mas, na verdade, adoro os pacotes promocionais. Lápis nos olhos, rímel e batom amarronzado: pronta para ir à luta. Cara pálida ainda vai, mas boca pálida, nunca! Essa é a minha determinação desde a despedida da segunda infância, quando fazia farras com o batom de minha mãe.


Um dia quis saber a origem desse colorido mágico, que deixa o sorriso mais estampado. Fui ao Egito, identifiquei, mas nunca imaginei que esse seria um recurso para identificar mulheres de vida fácil. Também descobri que o uso da maquiagem escura nos olhos era usada pelos homens e significava respeito, evitando que fossem olhados por outros que não mereciam.


Como somos oportunistas no sentido de resolver certas questões que morrem com o tempo ou que se modificam de acordo com as nossas conveniências. Uma vez perdido o sentido, o homem transforma em lucro uma moda que se esvai na significância.


O batom pode ter várias interpretações depende de onde vai a sua marca. Se for num colarinho, é crise na certa. Lembro agora, que certa feita cismei de usar um batom avermelhado que não faz muita a minha praia, pelo menos, durante o dia. Estava num ônibus, de pé, e logo a frente um rapaz com uma camisa branca, bem passada. Num freio sem aviso prévio fui de encontro a ele. Pedi desculpas e tentei me equilibrar. Só momentos depois percebi que havia carimbado as costas do colega de coletivo.


A boca estampada era um insulto à brancura do tecido. O que fazer? fingir-me de morta ou contar? Decidi enfrentá-lo, temendo uma resposta de desagrado. Mas, qual nada! Ele simplesmente riu e disse que iria chamar atenção e causar ciúmes nos colegas quando descrevesse fisicamente a dona da boca vermelha. Homem tem cada uma.

Quem vê cara...


Agora entendo porque a vida em comum é incomumente complicada. E se depender de pesquisas como esta, a vida a dois vai continuar em duas vias. Costumo me queixar de que não sou entrevistada, ninguém quer saber cientificamente o que penso?

Pois se me perguntassem eu diria que o mundo masculino, que os homens permitiram que eu visse, fizesse parte, vai muito além do que os cientistas sociais pesquisam. Para começar gosto mesmo de homens com feições masculinas mesmo, do tipo grande: alto, cabelos ao vento, mãos grandes, voz grossa, gargalhada solta e, de vez em quando, carrancudo, lembrando a mistura brasileira que aprecio.


Mas isso é embalagem misturada com um pouco do comportamento porque, na verdade, o que eu gosto no outro é que ele goste de mim. Ess seria a primeira exigência. A segunda seria a tolerância porque conviver com uma pessoa intrigante como a natureza feminina permite, nem sempre é fácil. E, por último, mas com certeza,a razão principal é que queira ficar comigo. Isso é determinante!


Portanto, não interessa a cara, o tamanho do corpo, com algumas exceções, o que importa é que queira olhar os mesmos caminhos que eu vejo e que esteja disposto a estender a mão acompanhada de um largo sorriso. Além disso, um bom papo porque convivência não sobrevive sem conversa. Não dizem que é conversando que a gente se entende, e gritando é que a gente se desentende?

Biográfica


O pensar tem sido reduto das manifestações do meu self, mais interior do que nunca. Aqui me exponho, sem censura, o jeito de ser na atual vida terrena. Não sei porque me esconder, também não sei porque não representar.

É isso: quando escrevo, represento o sentimento do momento, que nem sempre sou eu mesma.

Aqui posso me soltar, querendo agradar a forma de escrever e a quem lê. Já reclamei a falta de comentários, quase ninguém que por aqui passa, faz chek in (para aproveitar o momento em que os aeroportos nunca foram tão comentados).


A zombaria ainda é um dos maiores motivos dos risos meus. Ri muito assistindo ao Casseta e Planeta, ontem na TV Globo, quando casseteou a crise aérea. Estava magnífico o ator Hélio de La Peña, fazendo o piloto de uma Van adaptada com duas asas. Apesar de gargalhar com facilidade, nem todo programa que se diz humorístico consegue me deixar alegre. O Casseta é uma exceção junto ao Grande Família.

E nunca se fez tão necessário usar o bom humor que nos aproxima mais das pessoas e torna os problemas mais suaves, mais visíveis de solução.

Também conferi a estréia do Toma lá da cá, que faz caricato da família de ex-casados. Não segui até o final, porque o que mais uso diante da TV é o controle remoto, maior invenção depois da imagem.

Príncipe encantado


Quando menina, sonhei com o príncipe encantado igual ao da Bela Adormecida, que acordaria a mulher em crescimento. Na adolescência, tentei acompanhar o trote do cavalo que transportava o meu pretendente - engraçado que agora, a palavra pretendente lembra pretensão.


Chegou a "adultice" e que chatice, o princípe estava a pé e pulava como sapo para a margem contrária a minha em busca de peraltices. Na maturidade, alcançada com a mudança de dígitos, não sonho mais. O propósito do companheiro é real, não mais cabe o encantamento.


O homem alvo de hoje tem que ser desencantado, sem mistérios, porque não há o que esconder. Esta foi a conclusão que tivemos, eu e a minha amiga Edna durante um almoço do tipo executivo, rápido, mas que nos permitiu alcançar as idéias e clarear o discernimento.


Portanto, homens da minha Terra, quando maduros, não mudem para o verde da imaturidade porque seria contrário a natureza. Ser contrário é contrariar os propósitos e os rendimentos de uma vida a dois. Sempre quando penso nisso vem à mente a imagem de uma grande rede branca, balançando lentamente em harmonia com o pensar comum, enquanto quatro pés se tocam numa linguagem, que dispensa palavras para o entendimento.

Em tempo


Essa história de culpar o governo por tudo de ruim que nos acontece chega a ser interessante, para não dizer enfadonho e defasado. Lembro quando menina ainda, tinha o azar de "queimar" a lâmpada ao apertar o interruptor.Sempre ficava de castigo quando isso acontecia. Perguntava por que Deus permitia o castigo?


Essa crise aérea já foi pro espaço. Vamos voltar à Terra e resolver a questão! Lanço o convite num espaço que não tem a pretensão de ser político. Ou seja, não estou aqui para defender esse ou aquele político, mas bom senso se faz necessário.


A rua onde moro é suja e não é culpa do pessoal da limpeza: prefeitura na dianteira, digo.Está assim porque os transeuntes e moradores largam lixo na via. Cessada a causa, fim dos efeitos faz sentido, não é verdade? Vamos fazer a nossa parte. Quero dizer vamos mudar o que é preciso e o que está ao nosso alcance.


Aprendi que o Universo conspira a nosso favor. Tudo o que eu planejo, penso, acredito, como parte do Universo, da Criação, o eco se faz. Imagine agora você torcendo o tempo todo contra alguém do Governo, que está na gestão do País.

"Há 75 anos"


Eu já destaquei a minha preferência pelo Jornal O Povo e o espaço Há 75 anos. Não é saudosismo, é busca de registro histórico. Hoje é aniversário de instalação do Tribunal Regional Eleitoral. Curioso, é que nunca compareci, ou melhor, nunca me convidaram para uma solenidade comemorativa nesse quilate.


Cismo o pensar de como é rápida a minha participação com o TRE, que só conheço superficialmente e com muito respeito, no momento do voto.


Hoje, estou mais intimamente ligada às ações dos Poderes da República, por conta das informações de massa, mas nunca estive tão distante, no sentido de ombrear-me com os seus representantes. Isso, porque costumo alucinar nas entrelinhas do entendimento quando o objeto da nossa realidade é desconhecido.


Parei com as assinaturas de revistas por razões econômicas e também porque algumas delas me confundem. Não quero participar da linha editorial, ser cúmplice, por puro desconhecimento e distorção dos fatos.


Como leitora, quero conquistar o meu discernimento. A questão me toca profundamente por ser jornalista. Não é atoa que o ponto de interrogação tem sido o meu indicativo.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...