Gastura
Aqui, no Ceará quando algo incomoda dizemos que estamos com gastura. Esse termo também serve para desconforto estomacal. Mas, a gastura da qual me refiro diz respeito ao farnesin no juízo, que quer dizer desconforto mental, que também pode ser chamado de impaciência no ouvir, no lidar com algumas conversas ou conversadores.
Papo ruim de ouvir que as bandas de forró é tudo de bom. Que povo tem mau gosto; que miséria dá audiência; que boa música é para intelectual. Outra: que jornalismo dispensa os anos de estudo numa faculdade específica. Ora, me poupem!
Usar óculos é outra gastura...
Pois é, há dias que a gastura me enlouquece. Aqueles temas amplamente batidos, discutidos, exauridos... que vontade de dizer tudo que me dá gastura, mas temo que você também vá ficar engasturado. Por isso, limito-me a discorrer sobre o nosso idiomatismo cearense, que nos provoca risos e, ao mesmo tempo é tão gostoso fazer parte.
O que dizer depois
Depois de ler a demonstração de inquietação, sinalizando um até que enfim estou saindo desta, fiquei cismando o que poderia escrever naquela pedrinha que vai indicar a quem pertence o túmulo, quando do meu retorno à pátria espiritual e o meu belo e maravilhoso corpo se tornar um dejeto.
Não, não se trata de um pensamento lúgubre, é uma questão de pauta, coisa de quem trabalha na mídia, que deve ter em mão mais de um mote para garantir os noticiosos.
A princípio, defendo a tese de que apenas Fabreu ao lado da data de quando retornei à Terra e de quando voltei ao lar verdadeiro, serviria. Mas, considerando na minha forma de ser, o self em questão fica querendo brincar. Eu sei que é melhor não encomendar nada por enquanto, é melhor deixar o trabalho para os que ficam, mas quando penso no recado do irmão maior, deixai os mortos enterrar os seus mortos, bem que poderia dar uma mãozinha para a família.
Sendo assim, quero uma foto sorrindo - será meio brega? cemitério tem moda? - gravações de gargalhadas não cairiam bem - sinistro, diriam. Mas, pode ser uma das minhas frases meio safadas, aqueles trocadilhos famosos.
Quer saber, fiquem `a vontade para escrever o que quiserem. De lá, prometo me comportar, e sair baixando os arquivos que a memória me permitir, em busca de algum bom médium para repassar os pensamentos outros que não morrerão.
imagem http://www.uol.com.br/
Dia das bruxas
Marcando bobeira
Passeio Público
Retorno
Porque voltamos para a casa, todos os dias, ou o tempo que nos permite, necessitamos cuidar dela com carinho, com afinco e sempre. As vezes, pausas nos distanciam do lar, deixamos de olhar para dentro dos cômodos, não mais conversamos com o seu interior; aquele presente no dia do aniversário, esquecido em uma prateleira visitada pela poeira do esquecimento.
Aquela roupa usada uma única vez, encerrando marcas de uma festa nem tão feliz quanto à expectativa. Digital de alguém com sorriso apagado na despedida e brilho no olhar esvaído na suposição de um encontro que não houve. E sozinho depois no lugar combinado, apenas a tristeza a marcar presença.
Na alegria combinada no latido do companheiro cão, no balanço da cauda nervosa, sem cobranças, sem perguntar por onde andou, por que demorou tanto? Há um misto de prazer melancólico e de dor no retorno à casa. É por isso, que de vez em quando o olhar se perde para encontrar a lágrima da saudade que não se sabe expressar.
A casa é o lugar soberano, reduto das mais incríveis fantasias que se mostram, esfarelam-se diante da desilusão, atestamento da realidade sobremaneira.
Se deixar, o vento leva!
De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço. É tão bom ler o meu pensar de alguns anos. Este blog tem me acompanha...
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Nunca me senti confortável quando alguém dizia que sou uma guerreira. Por que tenho que chamar de armas as ferramentas que uso para sobrevi...
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Sempre busquei ser verdadeira sem me dar conta da possibilidade e das consequências. A minha verdade de quando criança era crescer, ser adu...
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Ter saudades ou boas lembranças? Quedar-se sobre os ombros da maturidade me faz refletir, sempre. Estava assim cismando o pensar, ouvindo ...