Sem malandragem


Estava sentindo a letra da música - Malandragem - de Cazuza na voz de Cássia Eller, cantora preferida de muitos sons poéticos com a interpretação sem aparato, que choca, que impacta!
O artista se faz porta-voz para momentos sem explicações, nos quais a melancolia é de incômoda presença.

Quem sabe ainda sou uma garotinha, rezando pelos cantos por ser má, por não saber me comportar, esquecida com a farda suja porque o dever de casa seria de classe. Concordando com o castigo da palmatória, quando a educação era uma imposição, faça o que eu digo e não faça o que eu faço.

O príncipe tão sonhado virou um chato na letra, mas para mim é um sapo tão frio quanto a pele. E vive dando nas minhas trompas de falópio. Ainda não sei lidar com a malandragem da mente dispersa. Queria saber levar adiante, enxotar o sapo e trazer o prometido de volta. Mas ele não é como o sapo que bate e volta, mas que teme a cor do fogo da paixão. O bom do batráquio é que ele se define.
É o diabo ser poeta e não saber amar!

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