Numa súplica aos céus, o corpo que abrigou aquele espírito missionário - não se sabe qual, mas Deus tem uma meta para cada um de nós - virou desfile sem muita platéia. Se não fosse o flash rápido de um fotógrafo teria passado em branco.
Ao ver o flagrante colorido mostrando a palidez da morte fico cismando o pensar para os que treinam em academias, firmando os músculos numa auto-afirmação de ser diferente. A mudança interna, porque dói muitas vezes, é deixada para trás. A cena chocou porque se dá uma importância fundamental ao destino do corpo inválido de força viva. Pergunto-me por que não choca mais ainda a vida clandestina de sorte que os catadores levam.
Não obstante, o otimismo não me escapa na esperança de ser melhor e ter melhores semelhantes. São tantos defuntos entre nós como tantas mais ainda as boas idéias, que fenecem por falta de vivacidade contínua.
Um comentário:
Fátima,
Excelente post.
Até onde vai chegar à frieza do cotidiano? Nunca se sabe o que ainda veremos...
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