Assim na Terra...
Hoje, dia da Terra, mantenho os olhos no chão. Com os pés presos, sem me perder no espaço, graças à lei da gravidade.
Tento escapar da pretensão de saber mais do que a minha compreensão permite e olho na superfície nós terráqueos inquietos, vivendo no assombro do anúncio de juizo final.
Uma casa tão bela, mas não um verdadeiro lar, por responsabilidade única dos seus moradores.
Somos provocadores do equívoco: quando amamos o mar, poluímos suas águas com majestosas residências com esgotos abundantes; quando primamos pelo verde, queimamos árvores e construímos ninhos para abrigar a nossa vaidade; quando amamos o azul do céu, amontoamos lixo metálico em nome de um progresso da civilização. E quando queremos respeitar o espaço do próximo, instalamos limites nas fronteiras.
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