Femininas somos


Amanhã é o dia internacional da mulher. Recebo flores, sala de trabalho colorida - gentileza masculina num reconhecimento de que as rosas falam sentimentos calados na boca sorridente.

Ouço depoimentos de força, de garra, de fé e de dor. São tantas as realidades femininas. Saem com risos, gargalhadas e, outras tantas, vozes embargadas, tímidas. E eu encorajando: vamos amiga, hoje a mulher tem voz. Use o microfone, exponha o seu pensar. Elas aceitam o estímulo e dizem sentir prazer na maternidade, na forma de ser companheira do marido nem sempre presente.

Ser mulher hoje é o questionamento. A resposta é quase sempre a mesma. Observo sem cismar muito o pensar, que o discurso mudou, de certa forma. Não mais competir espaço com o homem, mas afunilar os caminhos, num mesmo endereço que é o crescimento em busca da valorização humana.

Ser mulher é também compreender as dores que inventamos.

Embriões ainda


Tudo o que fazemos é regrado. Ou melhor, é consentido porque tudo nesta vida é concessão. Portanto, vejo com reticências o avanço científico. Até onde o homem quer ser Deus. Se deve levar ao pé da letra o que o Mestre em outra oportunidade entre nós, disse: vos sois deuses - numa alusão de que a promessa universal fatalmente se concretizará.


Ainda sem ter a noção exata do que venha a ser Deus, nós humanos, neste Planeta consentido, estamos tentando pular as etapas, queimando as chances de reconhecimento futuro sem abalos morais. Devido a isso, nos dividimos em controvérsias múltiplas. Ser ou não favorável a pesquisas que invadem a Criação, que mutilam o homem, tudo em nome da salvação de nós próprios.


No quesito salvação, penso: seria o corpo a ser salvo, o reduto de todos nós, um apelo inconteste? Nas questões morais somos embriões ainda. Questionar se um embrião congelado é vida, é duvidar do próprio criador. É negar-se sempre. Também não podemos nos fechar diante da porta larga da ciência. Afinal, a inteligência do cientista também é uma concessão. Assim como livre arbítrio que o dirige em suas investidas cautelosas.

Obrigada


Hoje quero agradecer. Ou melhor expor o meu agradecimento por tudo que consigo perceber, certeza das conquistas e por continuar respirando ares com tanta gente em volta.


Agradeço pelos aborrecimentos, que me mostraram o quanto sorrir faz bem. Pelas lágrimas que me fizeram ver que as dores se acalmam quando decidimos largá-las. Pelos adversários - não conto, os números neste caso, não são o meu forte - que me fizeram ver que se aprende mais com a vaia.


Agradeço pelas barreiras que criei diante de mim as quais tive coragem e discernimento para saltá-las. Pela memória que me toca o passado, me mantem no presente e me alça ao futuro.

Pelos que me amam, apostam na caminhada e se dispõem ao abraço.


Pela fraternidade que encontrei no meu reduto; pela solidão afastada pela leitura de bons livros. Por esta razão agradecimento especial aos homens e mulheres escritores. E, pela sua tolerância, de buscar aqui, neste espaço, palavras que tenham a mesma sintonia do seu pensar.

Cinqüenta e tantos...


Estou naquela fase de que ter 60 anos é ser jovem! E por felicidade minha e de tantos outros da geração 50, a juventude esticou, mudou de tamanho com a tal prolongada existência. Estou escrevendo o post ainda no marco 5.2.


Pois é, logo mais, estarei inaugurando nova versão: 5.3. E acredite, não estou apavorada. Nem penso na morte do corpo porque ainda agüento o tranco.


Antes, ainda nos 20 e poucos anos, julgava distante e com assombro, o tal dígito cinco. Ele chegou, festejei, reuni amigos, ri, dancei e continuei dando gargalhadas estrondosas - uma das minhas marcas. Amanhã, dia quatro de março, darei mais outras sonoras gargalhadas. Afinal, é pra comemorar!


Adoro o meu aniversário. Sinto-me em festa o dia todo. Os abraços, os sorrisos , que acredito sinceros - vão estar comigo 24 horas. Sem falar nas promessas da vida, que prossegue sem doer muito, porque a gente tem a vida que escolhe.


Desde já, estou apostando num monte de comentários para este post.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...