Cobre, mas dê crédito para o devedor


Qual a sua maior dificuldade no convívio, no cotidiano com as pessoas próximas ou distantes de você? Como se comporta diante das cobranças do tipo, olha, se fosse comigo, faria assim.


Antes, quando não entendia o recado chegava a ficar mais irritada do que hoje. Isso, porque quem mais tempo fica comigo sou eu mesma. E dá para conviver tão próximo com alguém que te cobra sistematicamente?

Pois é, o cobrador não se dá conta de como cobramos de nós mesmos. E haja credores para tudo quanto é lado. O difícil é chegar ao consenso e ao podium cantando vitórias. Não queira me mudar, nem eu consigo! O apelo não é ouvido e continuamos constrangidos a nós mesmos, numa busca incansável de escapar do crivo.

Ainda bem que existem as pausas entre as guerras. Nada de louros para as vitórias porque a guerreira aqui tem um longo caminho a percorrer. Enquanto isso, é bom pegar atalhos buscar parcerias, sem deixar o outro de lado. Afinal, a gente precisa amar a pessoa real e não a que projetamos.

A dengue não é do tamanho do mosquito



"Que morra o mosquito da dengue". Este é o nome da comunidade do Orkut que uma amiga acaba de convidar para fazer parte. Incrível! Ninguém fala em defesa do mosquito?! Não teria o mosquito Aedes Aegypti um voluntário que corresse em seu socorro?


Longe de mim defender a epidemia, mas quem foi que começou com a proliferação do "bichinho"? Lembro que quando menina tudo parecia bem menor. Só eram grandes os problemas dos meus pais, portanto de gente grande. Recordo-me de ter conhecido o mosquito em larvas ainda, nas pequenas vasilhas e jarros feitos de lata, que abrigavam da mesma forma as pequenas e coloridas flores do jardim do quintal.


Os martelinhos se agitavam na água e chamavam a nossa atenção. Na nossa criancice eles nunca pareciam perigosos. Quando foi mesmo que o mosquito perdeu o seu encanto de criatura da mesma força universal? Assim como outros invisíveis seres que nos atingiam em cheio o organismo?


Pois é, a dengue não é brincadeira de criança. Ficou muito tempo atrás as larvas atrativas que, de forma lúdica, nos ensinava a curiosidades sobre a natureza. É quase uma sensação de pânico, hoje adulta, querendo evitar, pela terceira vez, uma nova investida da doença. Sobreviveria?


É fácil culpar e cobrar ação dos órgãos públicos, mas quem está mesmo esquecendo as poças d'água, os copos, garrafas e vasilhas descartáveis armazenando água sem a menor intenção de colaborar?

O nome, não sei



Estava há pouco ouvindo uma entrevista na rádio FM Senado e, confesso, gostei muito mas não consigo lembrar o nome do poeta entrevistado. Ficou retida na lembrança o que ele falou sobre os seus escritos, a preferência de colocar no papel o pensar nem sempre rimado. Falou suas preferências e parcerias, numa demonstração de que os livros de poesia vão continuar por muito tempo entre nós.

Tenho essa falha: não presto atenção nos nomes. Quando sou apresentada a alguém prendo os olhos no sorriso. Perco-me na análise e não escuto a primeira palavra, a primeira frase. No início inocomadava-me a falta, mas depois mais conformada, até me divirto. Mas, para um jornalista esquecer nomes nem sempre é fácil de lidar. Contudo, reconheço ser mais uma razão para prestar atenção em mim.

Certa vez, perguntei ao mentor amigo como deveria chamar-lhe. A resposta veio de pronto: você não liga para nomes. Depois da afirmativa, firmei-me como alguém que está em evolução contínua, que no caminho do crescimento toma atalhos que nem sempre tem saída, mas que aos poucos aprende como retornar.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...