Perdendo as contas



A tecnologia progride, menos eu. Fico danada quando tento tirar uma segunda via de conta de energia, por exemplo, com o único fito de pagar para não sofrer cortes, e não é possível, sob a alegativa de que é preciso ser titular da conta.


Esclarecimento: eu pago a conta e não conheço a titular. Também não quero perder tempo nas agências de atendimento porque simplesmente nunca sou recebida no horário combinado.


No computador, não suporto quando o arquivo demora a baixar. Fico sentindo uma falta enorme dos grandes envelopes que abria com avidez e, de imediato já lia o que interessava. Fico insuportável quando vou fazer um pagamento com o cartão e escuto a recusa do atendente, querendo dinheiro vivo. Então, pra que o famoso dinheiro plástico?


Ainda sobre a conta da luz, essa dá até conto. Ao reunir os vencimentos do mês, dei pelo sumiço do comprovante de gastos da energia. Ao buscar a agência virtual para tirar uma cópia via Net, não me foi possível. Eu não entendo porquê, considerando que quero continuar pagando para ver.


Depois de muitas idas e vindas, consigo a tal conta e vou pagá-la com cartão. Antes pergunto se é possível, com resposta afirmativa, saco o cartão de débito. Não dá, tem que ser em dinheiro vivo. Só no Brasil - penso eu - que é preciso convencer para se pagar uma dívida. Ah, que saudade do tempo que para isso, bastava querer fazê-lo.

Pela chuva


Nada mais belo do que o colorido da transparência da água. E quando vem aos montes ganha nomes variados como cachoeiras. São cachos intermitentes do fluido da vida! E quando ausente, é o cinza no pesar humano.


Misturada ao verde, a água é o espetáculo vivo, que nos preenche os sentidos e garante a contínua vitalidade. Contudo, quando seca a planta, o cinza envolve a terra, que devora a força de viver.

Os lamentos meus de hoje é para repensar como vemos, nós pequenas criaturas, a abundância providencial do Criador. Choramos pela água e pela sua ausência. Nesse conflito de pedidos e solicitudes, tentamos sobreviver na ignorância do que fazer com a alegria universal.


Com mais de 50 por cento de água no corpo, nós humanos ressecamos a esperança diante das comportas do céu que se abrem. Nós jornalistas reinventamos palavras - numa busca frenética - de tapar buracos que nos engolem pela omissão e culpamos os céus abertos, que deixam fugir as nuvens brincalhonas, cansadas de se esconder e vêm atender as súplicas cearenses.


Puxa, além de ingratos, pequenos e rebeldes, quanto ignorantes somos.

Jornalismo

Eu não sei o que é pior: se as notícias dos fatos, que ocorrem neste país, ou se a forma como são abordados.

Enfim, tudo é lamentável. Lamentável assistir a tanto desrespeito a pessoa no trato da informação.

Para mim, comunicar é informar e informar com o objetivo único de educar.

Jornalismo

Hoje é o dia dedicado ao jornalista. Estava pensando como seria desempenhando outra função, que não fosse a de buscar informações que nos tornem melhores.

Vejo que muitas outras profissões têm o mesmo objetivo, contudo, brigar com as letras buscando harmonia no noticiar tem sido a minha alternativa nos últimos anos.

É um prazer indescritível traçar as linhas com quase ou nenhuma deformação. É a responsabilidade de informar o mais próximo possível o fato como ele é. É debruçar o olhar e mostrar o que vê com isenção.

Ilustro o post de hoje com a imagem da jornalista Adísia Sá, que foi minha professora à época da faculdade e continua sendo pelo seu talento infinito de lidar com a profissão, além de ser a consultora de todas as horas nos momentos de conflitos.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...