História repetida, quem ouve?


O nosso ouvido é tão sensível que muitas vezes não se dá por completo. A culpa é da mente, que mal captura o som, já vai baixando arquivos e mais arquivos. É o nosso Google, portanto.

Têm palavras chaves e se a gente tiver sorte vai poder se perder em meio a tantas informações. É o que acontece com as falas do horário eleitoral. Percebi que uma das frases mais usadas vou lutar é uma constante. Ou seja, são todos batalhadores em campo. A principal batalha o tempo exíguo. Em alguns mal dá para dizer o nome.

Lembrei agora de Enéas, que gritava com gosto o seu nome mostrando que o tempo não lhe restringiria a aparição. E como ele apareceu! Hoje, alguns -considero que por timidez - falam baixinho o nome que deve ser lembrado.

Costumo falar alto, então, nem sempre escuto quem fala baixo. Os que gritam passam ao largo, porque quem quer ser escutado fala à altura do ouvido.

Dar ouvidos, eis a questão.

Eu só queria entender


Jornalista que não briga pela informação está no endereço errado. Eu sempre fui afoita, mas com moderação. Afoita não, irritante. Tinha um medo cruel de enfrentar uma autoridade, mas a timidez não conseguiu até hoje segurar a minha onda e a minha língua. Nesses 53 anos, já dei cada fora!!!

Por isso, vejo com alegria esse primeiro simpósio de Mídia e Judiciário que vai acontecer nos próximos dias 27 e 28, na Escola Superior de Magistratura, em Fortaleza. Pense na linguagem complicada. A gente tem pressa de informar – principalmente quem trabalha em rádio – e cotumava passar horas para entender as razões pelas quais certas liminares eram acatadas.

Lembro agora que numa manhã de sábado fui para redação da rádio O Povo e quis esclarecer uma determinação de um certo magistrado daqui do Estado. Tímida falei o que desejava e ele com forte entonação na voz respondeu: “Justiça não se explica. Justiça se aplica”. Pensei: não é à toa que continuo alienada.

Não contei bolas, capturei a frase e destaquei na manchete, sem dizer o que sentia. Não sei se raiva e frustração ou se os dois. Aliás, esses dois sentimentos são companheiros permanentes do informador.

Ufa!


A superficialidade cansa. Constato isso sempre quando abro alguns sites de notícias. Em busca de informações outras sobre o mundo de Deus só encontro uma grande variedade de flagrantes fotográficos de celebridades: casaram, separaram, chifraram, e outros aram da vida. Ufa!


O Brasil é uma terra cultural. É vasto o campo da criatividade artística. Temos que reconhecer, entretanto, que como mimetizadores copiamos mais do que criamos. Que digam as mulheres frutas, que ontem eram cachorras, anteontem gatas e amanhã só Deus sabe o que virão a ser.


E não é que eu vou na onda dos sites? Vou olhando os buchichos, fofocas só para comprovar que detesto tudo isso. Pronto! Satisfeita, reafirmo a minha vontade por boas notícias (fatos raros,apesar de saber que muitos de nós estamos envolvidos em realmente desenvolver o bem do próximo) mas que por não serem celebridades, não destilam superficialidades na tela da TV.


Contudo, numa análise ligeiramente aprofundada percebo a necessidade do bestial jeito de ser dos sites noticiosos(?) Com a ausência da boa vontade presente, é fácil concordar com a ligeira nota, tipo legenda para reclamar(?) de um certo ator que achou esquisito beijar Angelina Jolie - lá vou eu falando nela de novo.


Paixões ou excrescências: eis a questão.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...