O casamento resiste


Eu não conheci Fernando Torres, mas sempre tietei (moderadamente) a sua esposa, a atriz Fernanda Montenegro. Com o anúncio da morte dele, as notícias falam do tempo de casamento dos dois: 56 anos. Cinquenta e seis aniversários de casamento, com certeza lembrados, festejados.


Quase seis décadas convivendo numa harmonia sem ser solitária. Não conheço mexericos, fugidas, coisas do cotidiano de tantos artistas que alimentam a mídia superficial.


Casal sóbrio, com uma longa história comum até na arte do palco e da vida.


E eu sempre me contextualizando. Trago para o pensar a cisma que mexe com os meus brios. Costumo dizer que sobrevivi a dois casamentos. Lorota minha! Casamento não é desastre. Os atores, nós, somos motoristas de um carro pronto para seguir caminho, com marchas presentes e que exige atenção, carinho, companheirismo.


Só que de vez em quando, como maus condutores, pegamos atalhos, erramos caminhos, queremos encurtar distância, atropelamos o outro e, quase sempre, morremos à beira de uma estrada paralela.

Tortura de Amor


Eu sou brega, mas de verdade. Não saio por aí cantando qualquer coisa, fazendo barulho aporrinhando ninguém, como alguns. Mas, sei ouvir uma letra melosa, que fala da dor nossa de todos os dias.


Sou brega quando sofro uma desilusão porque descubro, que mais uma vez, coloquei um perfil pre-moldado em alguém que pretensamente tomei o corpo e quis ainda surrupiar o seu pensar.


Bregueira das boas para dizer que a arte rima com a dor do desalento, do esquecimento. Mas, sou profundamente real na musicalidade ao me permitir repetir trechos de Tortura de Amor porque é torturante ficar a mercê de tanto mau gosto, enquanto alguém que ousou modificar, volta ao mundo dos espíritos.


Waldick Soriano vou repetir aqui o abraço e as gargalhadas daquela noitada na extinta casa de show da Água Fria Obá Obá, que sem precisar latir, gritamos com gosto que não somos cachorros, gostamos deles, mas não nos tornamos um. E tudo porque é bonita a natureza, como diz Clara Nunes.


Rádio dá o que falar


Hoje voltei aos bancos da universidade. Retorno vibrante para falar sobre algo que faz parte da minha vida há tempos. Amadurecida na idéia e no papo porque foi assim que senti o desenrolar do assunto.


Fui convidada por professores de comunicação da Unifor para apresentar aos meninos o que é o rádio e como essa mídia vem sendo transformada ao longo do tempo, devido a interpretação dos muitos que o fizeram e o fazem.


Para mim foi um presente e justo agora que a rádio FM Assembléia está veiculando campanha sobre o rádio, numa dessas inovações temáticas que abraçamos.


Apresentei a grade e os argumentos científicos que a justificam. Vi nos olhares e nos sorrisos muita curiosidade. Afinal, o rádio está na internet, no celular, no ouvido de todos.
É bom saber que contribuo para a continuidade dessa mídia.

Elogios fazem parte


Eu sempre fui cismada com elogios. Quando pequena, feinha que era uma beleza, ninguém se atrevia a comentar - ainda bem, porque imatura não daria a resposta necessária para o ego. Depois de crescidinha, ansiava por um olhar de aprovação. Só muito tempo depois, quero dizer, agora, é que vejo que os elogios que não ouvi, foram a ausência mais necessária para a minha carência.


Há pouco, na visita diária aos blogs do meu amigo Nonato Albuquerque (esse homem é incrível) fiquei comovida. No Gente de Mídia ele faz uma crítica positiva a este blog. O melhor de tudo é que acredito em tudo o que ele escreveu. Sabe por que? Nonato Albuquerque é uma pessoa que aprendeu a ser leal.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...