Capitu absolvida
Adísia, como eu (olha a pretensão!) acredita na lealdade do sentimento. É preciso aprender a amar, mas o caminho é ser leal ao que sente, porque como já disse um espírito bacana, nós somos o que sentimos.
Capitu, aquela mulher emblemática, sofrida, ignorada pelo marido - na opinião de Adísia, um frouxo - nem por isso deixou de viver um grande amor. A mulher sempre ama, mesmo que a convenção não a convença. A propósito, Adísia Sá destaca: Por que respeitar a convenção se ela não nos respeita?
No flagrante feito pela nossa amiga jornalista Ian Gomes, Adísia Sá, Renata Wirtzbiki, produtora da FM Assembléia e Lílian Martins - produtora e apresentadora do programa Autores e Idéias da rádio FM Assembléia - e Maryllenne Freitas diretora da rádio Am do Povo CBN.
Ser mãe dói
Ser mãe dói. É dor no desvirginar do ventre na gravidez, espaço alargado para abrigar o reencarnante, que - pela ajuda divina - não sabemos com precisão o destino. Só queremos aconchegar. É tudo o que a mãe deseja. Ter ao alcance da mão o corpinho e depois crescido, emparelhar o ombro, oferecendo o peito para o carinho.
A mulher é toda ventre, é toda ninho, quer abrigar a cria, que cresce independente dos seus gestos e surda aos seus apelos. É um grito de dor na hora do parto, o sorriso que vem a seguir, a lágrima escondida - o tempo todo - diante da decepção do destino oferecido ao filho.
Ser mãe dói. Nada é mais convergente do que o colo materno e nada mais distante, mais ausente do que a perda. Ninguém melhor para falar da crise da partida do que a mulher que amamenta.
Se a dor reúne a humanidade, todas as mulheres mães estão irmanadas. Nada é mais tangível do que o calor e o riso do filho e nada mais é tão perdido do que o filho que se vai.
Acabo de ler a dor na foto que o jornal Diário do Nordeste publica hoje.
Universo feminino
É preciso viver os 50 anos
Sem retoques
Você é mais bonita pessoalmente. Niguém diria isso a mim porque sou exatamente o que a lente fotografa. Ou seja, não aceito retoques. Inventaram essa para "limpar" marcas do tempo. Nada disso! A neura dos 25 anos sabendo que logo mais estaria com 50, foi-se. O "tempo levou".
Nada contra quem usa o photoshop, mas a imagem que eu quero retocar está longe dos olhares humanos. Só eu identifico e, muitas vezes, finjo não ver. O meu sorriso, sempre tão largo, jamais poderá ser tolhido por botox. E as minhas olheiras do cansaço diante do computador, são as minhas melhores marcas de expressão de olhos atentos a uma tela que me mostra o mundo, mas que me esconde.
Então, quando alguém olha para mim, depois de um período de ausência física e diz que continuo a mesma é a pura verdade. Estou com tudo original. Até o azedume, característica que me ajuda a afastar quem me incomoda. Só me vê doce, quem permanece por perto.
Se deixar, o vento leva!
De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço. É tão bom ler o meu pensar de alguns anos. Este blog tem me acompanha...
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Nunca me senti confortável quando alguém dizia que sou uma guerreira. Por que tenho que chamar de armas as ferramentas que uso para sobrevi...
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Sempre busquei ser verdadeira sem me dar conta da possibilidade e das consequências. A minha verdade de quando criança era crescer, ser adu...
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Ter saudades ou boas lembranças? Quedar-se sobre os ombros da maturidade me faz refletir, sempre. Estava assim cismando o pensar, ouvindo ...