Aprendi em casa que quem tem ouvido ouve qualquer coisa. O pensar juiz, no entanto, vai editando as falas e deixando o que considero ser necessário, útil para mim. De vez em quando, tudo cai no umbigo, esse reduto fechado, que me castra o pensamento no outro.
Tem sido assim a razão de vários discursos até agora. Aquelas frases arrumadas, trincheiras do pensar coletivo. Não é meu nem seu, então posso estragar. Essa é a visão popular, os ditames daqueles que desconhecem as razões pelas quais o coletivo começa em si mesmo.
Por isso a depredação de praças; sucateamento de veículos; dilapidação do patrimônio público. Não é meu, não tem ninguem olhando, então, a ação individual é destruir. Quem pode administrar o coletivo se não nós mesmos?