No anonimato


Sempre quis saber do que os outros falam, do que gostam e - por que não - o que pensam de mim. Depois de conhecer mais de perto o pensar do outro fiquei reticente. Vale mesmo a pena ouvir o que falam? Nem sempre agrada o perfil traçado. Nessa montagem do outro, o sentimento insiste disfarçar o que está guardado lá dentro do imo.


Por isso os comentários dos posts me atraem. Muitas vezes são tão bons e mais atrativos do que o autor escreve. Em alguns momentos, intrigam-me os anônimos. Percebe-se que os que levam essa assinaturas são mais audazes. No anomimato, escondido, posso soltar o verbo e não ter que responder por isso?


Pode até representar ganhos, mas e quanto ao retorno? Interessante é conferir os posicionamentos de anônimos que brigam entre si. Uma matéria intrigante é prato cheio para degustar com salivas arrojadas, esverdeadas. O que seria do veneno - penso agora - se não pudesse ser destilado de vez em quando? Na fortuita escapada, dorme desconhecido por mais que sentido.




Um comentário:

Julio Sonsol disse...

A conclusão que tenho é que ninguém se assume verdadeiramente o que pensa. Há uma certa disssimulação diplomática em todo que é feito, que é dito. Ninguém está muito disposto a assumir o preço de seus atos e pensamentos perante o outro.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...