Praia, praeira...


Buscar na memória fatos que servem como base para manter o pensar ativo, causa um certo alvoroço, uma ventania igual a que assistia na adolescência na Praça do Ferreira. O vento levou a paisagem bucólica da minha cidade, que hoje finge não sentir o perfume e a indiferença com os saudosos.


As vezes ter saudade até parece chateação. Mas, a lembrança sentida serve para aguçar o olhar dos que administram nossas praças, ruas, avenidas e lagoas. Ah, aqueles montes de águas límpidas, que os pés descalços desobedeciam os conselhos maternos.


Fortaleza hoje sente a pressão do número de habitantes com suas casas enormes ou pequenas, cercadas por fios elétricos - numa ilusão de segurança - com o mar crespo disfarçando a poluição nem sempre visível. Pois é, o cartão postal faz péssima apresentação da esposa do sol.


Um comentário:

Questão Fundamental disse...

Estranho ver Fortaleza se destruindo a cada dia que passa. Não tem copa do mundo que salve o que mininamente restou de uma convivência urbana. Cidade virou campo de concentração ou de batalha.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...