Boom



A vida é uma grande explosão. O boom acontece o tempo todo, todos os dias, não importa se a nossa compreensão alcança.


Sou conhecida pelos arroubos. Não acredito em meio termo. A vida é de uma intensidade imensa, incompreensível ... Sem perceber-me ainda permito . Eu sou assim arroubada.

A vida explode dentro do meu corpo, numa onda de vontades que não consigo deixar sair. Por isso a intensidade é mal interpretada, mal utilizada.

Descontrolo o jeito de falar, a maneira de ser. Sou intensa, ah, se sou! Quando alegre um estrondo, quando raivosa convincente e quando triste, uma implosão.

Sei da indisciplina e seguro a letra para não escrever tudo o que sinto. Se a civilidade me cobra moderação, se a gargalhada fere etiquetas, prefiro ser selvagem.

2 comentários:

Eduardo Andrade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eduardo Andrade disse...

Olá, Fátima
Ter consciência do que e como somos é privilégio.
Faz-me lembrar Voltaire, quando Martinho pergunta a Cândido: “O senhor acredita que os gaviões sempre comem os pombos quando os encontram?
– Claro, sem dúvida, anuiu Cândido.
– Pois bem! Concluiu Martinho, se os gaviões tiveram sempre o mesmo caráter, como quer que os homens tenham mudado o deles?
– Oh! Opôs Cândido, há muita diferença, pois o livre-arbítrio...”
Referindo à diferença entre a espécie humana e os animais.
Um abraço,

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...