Lírios(amente)


Eu não peço a Deus um pouco de malandragem. Eu peço trabalho e crédito para o que faço. Demorei, mas agora aprendi a olhar os lírios do campo, envegetado no verde do meu quintal.


O espaço verde já foi de assombro, quando os galhos competiam arranjos com o vento. Eram dedos fortes que me apontavam as falhas da coragem.


Evitava os quintas num contraste frequente do querer participar do seu assombro. O medo sempre foi uma tentação velada da minha curiosidade. Se não fosse a arritima, as mãos geladas, até que poderia ter corrido, gasto energia naqueles espaços nas noites ausentes de lua.

Da rebeldia -fruto da ignorância astronômica sobre o meu self - à resignação do pequeno entendimento.


Quando experimento o olhar nos "lírios" deparo-me com a resignação. Ou melhor, com a oficina do agradecimento. É assim que a criatura deve conviver com o criador.

Dor de cotovelo


Há um mês estou literalmente vivendo uma dor de cotovelo. Não chega a ser um trauma psicológico, uma constante vontade de sofrer. Mas, algo que desconforta sem, necessariamente, interromper o pensar e flagrar fotografias mentais de sorrisos largos pelo simples fato de roer.


O que seria do pensar se não fossem as letras para brincar na tela do computador? Há algum tempo estaria brincando no papel, munida de lapis ou caneta de tinta cor preta, não sei porque mas acho mais macias.


A dor do contovelo em particular está me tirando do sério, ou melhor, da rotina. Fui procurar um doutor porque a porção dolorida criou uma pequena bolsa de um líquido amarelado, que de certa forma servia de travesseiro. Se o cotovelo tivesse olhos, com certeza cerraria as janelas para o mundo e agradeceria num ronronar matreiro.


Como toda dor de cotovelo, nem sempre sabemos de onde vem ou quando começa. Um Raio incógnito vai revelar o X da questão. E para sair da superfície a parte líquida do corpo - pequena parte - irá para o laboratório, quando as minhas veias também serão invadidas por uma agulha afiada. Nem a tecnologia mais avançada vai impedir que tirem o sangue de mim.


E pensar, que para curar as antigas dores de cotovelo bastava que o love ligasse.(tici tici)


Saudade



O meu blogar não tem hora. É quando dá, em meio a um texto e no intervalo de um soprar energias. Tem manhãs que é assistido e noutros momentos, quando a noite chega e nem é percebida por mim. Afeita e afoita às datas eis me aqui! Descubro que o dia 30 de janeiro é o dia da saudade.


Saudade é esse sentimento estranho que nos acomete e a gente nem sabe como mandá-la embora. Mas, para quem não consegue desvencilhar-se, marque um encontro com essa nuvenzinha que pode ser cinza se você gosta de fechar-se no tempo.

Blogando por ai...


O blog é um lugar muito interessante. Vejamos: dá para escrever o que vem à cabeça; coisa com nexo ou sem; e há leitor para qualquer texto. Viva a democracia internetiana. Estava navegando e quase me afogo de tanto ler.


Descobri que sou preconceituosa! Quando olho certos textos já vou virando o nariz do olhar e o pensar flui com rejeição rápida. Mas, o que é bom mesmo é saber das maravilhas que surgem aos nossos olhos num desafio constante à leitura.

Portanto, um conselho: não se perca por aí, ou melhor não naufrague. Busque a melhor leitura, a melhor imagem. Ao final quem sai ganhando é você.


E, caso deseje uma relação de bons blogs, espicha o olho para a esquerda e veja porque prefiro todos eles.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...