Refolia
O Carnaval tá bem aí pertinho e volto ao tempo em que os sujos davam medo. Eles zurravam de mim. No ônibus, tremia quando algum brincante sorria do susto estampado na cara. Garotinha boba. O Carnaval daquela época era muito mais rico do que as roupas(?) caras de hoje. A fantasia inútil que tantos vestem numa proximidade luxuriante, perde o valor depois do último toque da batucada.
Estava passeando no tempo dos carnavais antigos realizados no país. Ouvi o Zumzum da garganta saudável de Dalva de Oliveira, que escondia um grande conflito interno; depois o grito de retorno na carreira, pedindo paz, entoando Bandeira branca. Antes, Máscara negra era o seu convite.
Nem cheguei a conhecer de perto o fardo dos dias de folia quando menina, mas uma melancólica lembrança do que não experienciei me invade. Vai ver sou Amélia do Ataulfo Alves; a Maria com sua lata d'água; frequentadora da Praça 11 defendida por Grande Otelo e Erivelto Martins.
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