Refolia


O Carnaval tá bem aí pertinho e volto ao tempo em que os sujos davam medo. Eles zurravam de mim. No ônibus, tremia quando algum brincante sorria do susto estampado na cara. Garotinha boba. O Carnaval daquela época era muito mais rico do que as roupas(?) caras de hoje. A fantasia inútil que tantos vestem numa proximidade luxuriante, perde o valor depois do último toque da batucada.

Estava passeando no tempo dos carnavais antigos realizados no país. Ouvi o Zumzum da garganta saudável de Dalva de Oliveira, que escondia um grande conflito interno; depois o grito de retorno na carreira, pedindo paz, entoando Bandeira branca. Antes, Máscara negra era o seu convite.

Nem cheguei a conhecer de perto o fardo dos dias de folia quando menina, mas uma melancólica lembrança do que não experienciei me invade. Vai ver sou Amélia do Ataulfo Alves; a Maria com sua lata d'água; frequentadora da Praça 11 defendida por Grande Otelo e Erivelto Martins.

Flagrantes

Manter os flagrantes da vida real inclue a determinação de não rasgar ou deletar fotos. Se não suporta aquela pessoa que jurou estar perto de você (para sempre?) deposita a imagem da personagem numa caixa, bem guardada numa gaveta. As gavetas têm esta função útil e colaboradora.

Vez em quando, num ataque de limpeza, remexer armários com a (des)arrumação rotineira, flagrar um instante ou um clique da vida, é uma releitura fascinante. Aquele sorriso esquecido, o olhar distante, os amigos da escola, a formatura, o casamento, os vizinhos, os filhos pequenos...

Costumo divertir-me quando olho para a foto dos 15 anos com aquele cabelo enorme - ia até abaixo da cintura- arrumados num coque(não sei o que passava na cabeça da cabeleireira) fazendo aquele monte tipo Amy Winehouse.

Dia desses, sabe quem vi? Nonato Albuquerque, bem magrinho, mais cabeludo e com o seu bigode de sempre. Pena que não escaniei a foto para dividir com o pensador do momento.

Sexo mal educado

Vi no Fantástico matéria sobre determinação do governo britânico a respeito da disciplina educação sexual para crianças com sete anos de idade. A pecha de polêmico se aplica sobre o tema, porque tudo que envolve sexo e moral é visto assim.

Cismo o pensar sobre a falta de discussão a respeito da programação da TV em horário considerado infantil. Tenho três filhos nunca me fizeram tal questionamento. As crianças desde cedo são estimuladas por "informações" equivocadas.


O que eu percebo (com a minha curta visão) é de que há uma grande confusão sobre educação. Quando menina, a menstruação surpreendeu minha mãe que recomendou segredo. Lembro que na adolescência ao pedir ao meu pai que comprasse um pacote de absorventes, por pouco, muito pouco não levei uma "boa" sova. Naquele tempo(?) sexo era sujo, tema embargado.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...