cinco ponto cinco

Pronto! Cheguei aos 5.5. Adeus 5.4, dígitos tão simpáticos. Mas, pensando bem, 5.5 soam tão bem. E por falar em eco, agradeço a todos iluminados amigos que me desejam luz.Amo o dia do aniversário. São tantos abraços, desejos de dias felizes.

Amo até os parabéns de empresas com as quais já me endividei e que, por cordial marketing lembram do meu aniversário.

Pois é, no dia quatro de março de 1955, por volta das sete horas da manhã, gritei por socorro para sair de um lugar tão apertado... Mamãe insiste em lembrar que "minha Fátima nasceu com seis quilos e 100 gramas e dois dentinhos". Papai, apesar de muito mais moderado, lembra que fui capa do Jornal O Povo, que 30 anos depois, foi a empresa que me recebeu.

Não é o máximo?

Quase sex

Na próxima quinta-feira, estarei completando 55 anos de vivência na Terra. Não faço ideia de quantas vezes já estive por aqui. Só sinto de vez em quando algumas reminiscências ou seriam sequelas(?) dos bolsões de memória.

Não lembro de um único momento de liberdade. Esse desprendimento total ou quase de pensamentos-prisões. Estou sempre me flagrando presa, detida em situações que muitas vezes aposto não me pertencerem.

Fazer 55 anos não é sentido só no corpo. Ah, quem dera! Para o diabo a flacidez da pele. O que eu mais quero é a flacidez da congestionada mente.

Não sinto saudades da infância, mas gostaria de experimentar a ilusão de que ao crescer, seria livre para tomar decisões, longe do jugo materno. No entanto, resta o consolo de que 55 anos é apenas um breve momento de mais uma tentativa.

Então, nesta casa, não sairei por ai gritando ser dona do meu nariz. O nariz é muito pouco para quem tem um universo inteiro, infindo.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...